Você passa pela rua General Netto em Passo Fundo, ali próximo a escadaria do clube Comercial, e se depara com uma intensa movimentação. É sábado (11) pela manhã e a música ecoa no meio do asfalto. Em um círculo, violões e tambores acompanhados por vozes adultas e de crianças cantam clássicos do rock. E um pouco mais adiante o chão é transformado em um imenso painel de pintura aonde cada artista chega e contribui com um pedacinho de afeto, interesse, carinho mesmo, em formar uma ou muitas imagens de um mesmo ponto de vista.
E o que dizer da entrada da mostra que recebe os visitantes. Na chegada, uma releitura do Jardim das Ninféias (1916) de Claude Monet. A ponte que liga um lado ao outro do lago, com os detalhes da grama, água, flores... É impressionante, como só Monet poderia ser.
Neste instante você esta dentro do espetáculo que te toma e transporta para outro lugar, diferente de tudo aquilo já visto aqui no passo. Nesta viagem, um mundo de possibilidades se escancara que fica “quase” impossível se desvencilhar. Para onde os olhos correm a arte salta, se oferece, e melhor, mostra que não existe idade para criar. Os pequenos do mini-grupo e grupo 1 que o digam. As crianças na faixa dos dois anos de idade fizeram fotografias experimentais na temática: “o branco e o preto”. Texturas, tamanhos, cheiros, formas, sons, luzes, sombras e sensações. Tudo junto, em cada click, em cada olhar.
A Pop Art também marcou presença com histórias em quadrinhos baseada nas obras de Roy Fox Lichtenstein. A Arte Africana, Grega e Romana foi representada por meio de máscaras e pinturas na parede. Sim, porque aqui, salas e corredores são transformados para receber obras e experimentos que contemplem as sensações.
E neste mundo que se abriu naquele sábado quente e acolhedor, outras tantas maravilhas foram apresentadas. Desde trabalhos impressionistas, recriações, provocações, até elaborados meios de criação artística. Isso tudo foi mostrado aos pais, pelos alunos e professores da Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental St. Patrick. Foi um desfile por Yayoi Kusama,Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi, Roy Fox Lichtenstein, Vicent Van Gogh, Claude Monet... E se no final bate aquela tristeza pelo espetáculo que chegou ao fim. Também tem àquela sensação de alívio por saber que ano que vem tem mais. E pela maneira que avança, vem muita coisa legal por aí.