A educação na prática

Escola Salomão Iochpe conquista o 3° lugar em competição de robótica

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Desenvolver a criatividade e possibilitar o aperfeiçoamento de novas habilidades são pilares da educação. Através do desenvolvimento de projetos e programas que incentivam professores e alunos a se engajar em atividades extra-classe, é possível perceber que o aprendizado pode ir além da sala de aula, e foi seguindo esse intuito que o professor de língua inglesa da Escola Estadual Salomão Iochpe, Lucas Werschedet Rodrigues, decidiu envolver os alunos no projeto “Robótica Educacional nas escolas”.
O projeto é uma proposta do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE), estrutura ligada ao Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), do Ministério da Educação, que tem como objetivo promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação. Desde maio desse ano foram disponibilizados cursos mensais aos professores da rede pública que decidiram aceitar o desafio de participar dessa formação e levar o aprendizado da robótica aos seus alunos. Uma vez inscrito, o professor responsável, juntamente aos alunos, criaram em conjunto modelos que simulam equipamentos robóticos.
No dia 8 de novembro, no Instituto Estadual Cecy Leite Costa, aconteceu a 1ª Mostra de Robótica Educacional Livre, envolvendo 14 escolas estaduais de diversos municípios da região, que fazem parte da 7ª Coordenadoria Regional de Educação, e uma delas foi a Escola Salomão, que envolveu alunos dos 6º, 7° e 8° anos do Ensino Fundamental no Projeto. Os alunos participaram assiduamente dos encontros, que aconteciam em turnos inverso ao das aulas, para realizar o desenvolvimento dos equipamentos.
Para o professor Lucas, o que mais atrai as crianças é a possibilidade de trabalhar com materiais concretos e, nesse caso, materiais reutilizáveis: “Hoje existem kits que são caríssimos e muitas vezes os alunos e a escola não tem condições de adquirir, por isso a questão de trabalhar com material reciclável, que além de ajudar o meio ambiente, é possível fazer simulações de aparelhos robóticos utilizando esses materiais de baixo custo.”
Um dos modelos desenvolvidos pelo professor e os alunos foi uma escavadeira hidráulica, utilizando seringas de plástico, papelão, canos de borracha e madeira para a base e o funcionamento é todo feito através da água. Mas o que garantiu à escola o troféu de 3º lugar dentre tantos participantes foi o carrinho elétrico construído utilizando apenas uma placa de acrílico, bateria simples, um pequeno disjuntor, tampinhas de garrafa pet para as rodas, canudinho de plástico e palitinhos de churrasco. Além de montar os aparelhos com esses materiais, os alunos também fizeram a programação pelo computador, utilizando o software Scratch, ferramenta online e gratuita que permite de maneira pedagógica e fácil a montagem de sistemas.
Breno de Almeida, de 15 anos, foi um dos alunos participantes do Projeto e contou que uma das partes mais interessantes foi o esforço conjunto de todos: “Todo mundo estava se esforçando igual. A gente dava as ideias ao professor e ele pensava junto com nós como a gente faria para colocar a ideia em prática.” Breno também falou da importância do professor não apenas fazer a montagem, mas ensinar o passo a passo: “Para que no futuro a gente possa ensinar também.”
A diretora da Escola, Margarete Zanon, falou da importância de projetos como esse quando a questão é humanizar os alunos, pois a prática e o trabalho em equipe faz com que o estudante não seja definido somente pelas notas e pelas matérias tradicionais dadas em sala de aula, mas também pela capacidade de desenvolver habilidades, resolver problemas e se relacionar melhor com os colegas, cumprindo também a função de formação cidadã que a escola possui.

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