O Natal deste ano foi atípico. Nos últimos meses, algumas projeções de instabilidades semearam um pessimismo em relação às vendas de fim de ano. O calendário 2017 trouxe o 24 de dezembro num domingo e, ainda, a chuva apareceu nos últimos dias. Mas as incertezas, a véspera e a chuva não atrapalharam as vendas. Em Passo Fundo o comércio lojista tinha expectativa de um aumento em relação ao ano passado. Ainda não há um balanço oficial das vendas, mas os comerciantes falam em um crescimento. Segundo alguns lojistas, as vendas foram boas e devem ter superado em mais de 6% o volume registrado no ano passado. Se domingo e sábado não tiveram o pico esperado, na quinta e na sexta-feira foram registrados os maiores movimentos.
Véspera
Neste ano, os retardatários tiveram menos opções na escolha dos presentes. Quem deixou as compras natalinas para a última hora, enfrentou algumas adversidades. Na véspera de Natal, um domingo, o comércio teve horários diferenciados. As lojas de eletrodomésticos estavam fechadas. Segmentos de confecções, calçados, bijuterias e acessórios abriram parcialmente. Alguns estabelecimentos trabalharam somente à tarde, outros nem fecharam ao meio-dia. Pela manhã o movimento foi considerado fraco, especialmente em razão da chuva. À tarde, mesmo com chuvisco, não havia tanta gente circulando pelas calçadas da Avenida Brasil, mas em compensação as lojas abertas estavam repletas de clientes. “Hoje pela manhã foi fraco, a expectativa era maior”, disse Arele Aquino, gerente da Super Íntimo. Explicou que “sábado foi mais ou menos, quinta e sexta bem melhor”. No Shopping Bella Città, a gerente da loja Hering informou que, pela praticidade, o vale-presente foi um sucesso. Andressa Gasparin disse que “esperava mais, mas a gente não pode reclamar”.
Bons resultados
Domingo, a Fabi Acessórios abriu somente à tarde. Foi quando Verônica Souza, acompanhada pelo namorado Mateus Farias, escolheu o seu presente: uma bolsa. A compra de última hora não foi por relapso. “Trabalhando, eu só tive hoje para vir”, explicou enquanto examinava uma dezena de opções. Mas das bolsas aos bolsos, Fabi, a proprietária da loja, conta que vendeu muitos presentes, “mas nada com valores muito elevados”. Volmir Danielli, da Studio Uomo, estava satisfeito em relação às vendas. “Dentro da expectativa, durante a semana superaram em 10% o volume do ano passado”. Roque Scheibe, que tem quatro lojas, faz um cálculo antecipado de aumento no movimento em torno de 6 ou 7%. Ele entende que “quem está estruturado no mercado e se ajustou ao momento está tendo sucesso”. Ainda faltam os números finais, mas parece que Papai Noel não abandonou os lojistas. A chuva foi apenas para refrescar e não molhou o caixa.