O ano letivo de 2017 ainda não terminou em três escolas de Passo Fundo. O atraso se deve à recuperação das aulas que foram interrompidas devido à greve no ano passado. A previsão é de que até o dia 06 de fevereiro todas elas já tenham encerrado o ano letivo e comecem a se preparar para receber os alunos novamente. Conforme o coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (7ªCRE), professor Elton Luiz de Marchi as escolas que ainda não encerraram o ano letivo são o EENAV, que terá aulas até o dia 05 de fevereiro, o Adelino Pereira Simões, até o dia 06 e, e a escola Irmã Maria Margarida, que deve encerrar um pouco antes, no dia 1º. A Coordenadoria fez o acompanhamento das escolas durante o período de recuperação das aulas. Conforme Marchi, cabe aos setores pedagógicos de cada escola garantir que a recuperação seja feita, mas que a CRE acompanha o processo. Apenas uma escola teve um problema com a recuperação, mas foram feitos os ajustes necessários.
Matrículas
O coordenador destaca que as matrículas para a rede estadual ocorreram ainda no mês de novembro. No entanto, quem eventualmente não tenha feito o pedido, pode fazê-lo até o dia 09 de fevereiro. Para isso é necessário ir até a escola de interesse para ser inserido no sistema. “Se tiver vaga fica na escola, se não, será transferido para outra escola que tenha vaga”, explica.
Segundo o professor, ainda não está fechado o número de turmas que funcionarão em 2018. No ano passado, foram mais de 1,6 mil turmas em toda a região de abrangência. “Normalmente são turmas de 20 alunos, mas abrimos exceções para turmas menores. No dia 20 de fevereiro saberemos quantas turmas serão”, avalia o coordenador. A definição do número de turmas também é fundamental para a organização do quadro de professores. “Acredito que vai sobrar algum contrato, porque de modo geral têm diminuído as turmas e com isso o número de professores”, observa, referindo-se aos contratos emergenciais.
Redução de alunos
Nesta semana, o governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), anunciou a reorganização das escolas em função da diminuição na procura de vagas. Na Capital, seis escolas foram fechadas. Entretanto, existem instituições próximas aptas a receber a transferência dos alunos.
De acordo com o secretário estadual de Educação, Ronald Krummenauer, nos últimos 15 anos houve uma redução de 1,5 milhão para 900 mil estudantes na rede estadual – queda de 40%. O principal motivo é a diminuição da taxa de natalidade, fenômeno que ocorre no Rio Grande do Sul e em todo o país. “A partir da necessidade de uma infraestrutura menor, estamos realizando um melhor aproveitamento da estrutura e dos profissionais. Qualificando a gestão, os maiores beneficiados serão os alunos, pois terão ofertas de vagas em locais de qualidade”, explica. Os prédios das escolas que ficarão vazios terão dois destinos: os do Estado poderão ser utilizados pelos demais órgãos estaduais que hoje funcionam em espaços alugados, e os que são de propriedade do município serão devolvidos e funcionarão como escolas de Educação Infantil.
Ajustes para 2018
Atualmente, a rede pública estadual conta com 2.545 escolas. A partir dos estudos da Seduc, não é intenção fechar turmas de noturno ou de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os ajustes devem ser feitos conforme o comportamento da demanda por vagas, não havendo um número definido de escolas a serem fechadas. O trabalho leva em consideração critérios como localização e não, necessariamente, serão fechadas escolas que tiverem redução de turmas.
Vestibular
Tratativas entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a direção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) viabilizaram que alunos prejudicados pela greve dos professores possam, caso passem no vestibular, apresentar posteriormente os documentos de conclusão do Ensino Médio e, com isso, garantir a inscrição para cursar a UFRGS.
Em seu site, a UFRGS publicou que “a fim de não trazer prejuízos a esses candidatos, receberá, provisoriamente, atestado ou declaração da instituição de ensino confirmando a conclusão até o último prazo de envio da documentação pelo Portal do Candidato. Estes candidatos só terão matrícula confirmada após a entrega dos documentos exigidos (certificado de conclusão e histórico escolar do Ensino Médio) no prazo da matrícula presencial”. As Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) deverão orientar as escolas para liberarem documentos visando que o aluno efetive sua matrícula na universidade.