Hemopasso alerta para risco de falta de sangue

Super-heróis foram chamados para auxiliar na missão de reverter quadro

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Preocupada com o baixo estoque de sangue, a direção do Hemopasso decidiu pedir ajuda aos super-heróis. Caso a situação não seja revertida, há risco de faltar sangue no estoque.


Por volta das 14 horas, o Homem-Aranha, o Flash e o Arqueiro Verde desembarcaram na Sete de Setembro para auxiliar na missão 'Procura-se heróis de verdade'. Os três fazem parte do projeto Liga de Heróis, de Não Me Toque, que conta com 12 personagens.


Fundador da Liga, Júnior Wentz, 35 anos, divide o tempo na academia de ginástica, onde é proprietário, e em participações de eventos beneficentes. Criada há dois anos, ele explica que a ideia surgiu da necessidade de fazer 'algo por alguém'. A infância pobre, sem recursos para aquirir os personagens que via nas telas da TV, também influenciou na decisão. "Não tinha dinheiro para comprar as coleções que outros meninos tinham. Dizia pra mim mesmo que quando me tornasse adulto iria realizar este sonho" conta. Sem se deixar abater por críticas e comentários pessimistas em relação ao futuro do projeto, seguiu adiante. Logo surgiu o primeiro personagem: o Capitão América.

 

A participação em campanhas de doações de brinquedos, hospitais, creches, alimentos, roupas, entre outras, despertou o interesse de novos apreciadores e a Liga foi crescendo. O trabalho é realizado de maneira totalmente voluntária. Muitas vezes, as despesas são custadas pelos próprios integrantes.


"O maior pagamento é ver o brilho nos olhos das crianças e o comentário de que realmente somos os super-heróis. Após a visita a um hospital, receber no dia seguinte, o telefonema de que a criança melhorou não preço". Para conseguir este depoimento com a característica sinceridade dos menores, o cuidado com a roupa é fundamental. De acordo com wentz, a ideia é chegar mais perto possível do personagem original. Para isso, o investimento em uma roupa pode variar de R$ 1,6 mil a R$ 4 mil.


A presença dos super-heróis em frente ao Hemopasso, chamou a atenção de motoristas e pedestres. Crianças e adultos aproveitaram para registar uma imagem ao lado deles. O pequeno Otávio Gabriel Freitas, 8 anos, veio de Marau para dar abraçar o homem-aranha. "Gosto mais do Super-Homem, mas também do Homem-Aranha" disse.


Estoque reduzido

Coordenadora de captação de doadores, Alexandra Mazzoca, em relação ao sangue O+ deveria haver 200 bolsas, no entanto, na manhã de ontem, restavam apenas 40. Quanto ao tipo O-, que apresenta maior demanda, o Hemopasso disponibilizada de apenas 12, quando a média deveria ser entre 40 a 50. "Se não revertermos antes do carnaval, corre-se o risco de faltar sangue. Não haverá atendimento na segunda e terça-feira de carnaval. O serviço volta na quarta-feira, das 8h até às 13h30.

 

Reforço de Espumoso

Um grupo de 17 voluntários de Espumoso também foi recebido pelos super-heróis. Eles fazem parte do Hemovida, uma entidade criada há 15 anos. Pelo menos uma vez por mês, percorrerem os 80 quilômetros até Passo Fundo para prestar o gesto da doação. Presidente da entidade, Renato dos Santos, 46 anos, explica que a entidade mantém uma parceria com a prefeitura, responsável por custear a viagem mensal. As viagens extras, quando necessárias, são pagas com recursos arrecadados através de rifas.

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