Após quatro anos de déficit nas contas e a possibilidade de reduzir os atendimentos, uma parceria feita com a Secretaria Estadual de Saúde e a Prefeitura de Passo Fundo deverá garantir a manutenção do Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes (HPBM) nos próximos meses. O Estado, que deve ao Município em torno de R$ 6,5 milhões em recursos na área da saúde, se comprometeu a liquidar R$ 2 milhões desta dívida. O valor será repassado em parcelas de R$ 200 mil à Prefeitura, de março a dezembro de 2018. O Município, por sua vez, repassará em torno de R$ 60 mil mensais ao Hospital da Cidade – que administra o Bezerra de Menezes. Os valores foram acertados em reunião realizada na manhã de ontem (20), em Porto Alegre.
Participaram da reunião o prefeito Luciano Azevedo; o administrador do HC, Luciney Bohrer; além do secretário estadual da Saúde, João Gabbardo; os deputados Gilberto Capoani e Juliano Roso; os vereadores Paulo Neckle, Luiz Miguel Scheis e Alex Necker; representantes da direção do Hospital da Cidade e do Hospital Bezerra de Menezes; o procurador geral do município, Adolfo Freitas, e o procurador adjunto, Julio Cesar Severo da Silva.
“Nos comprometemos a ajudar o Hospital por meio de uma parceria. A Prefeitura vai receber o recurso que o Estado está devendo e contratar serviços do Bezerra de Menezes para leitos de pacientes de Passo Fundo. Isso vai viabilizar a manutenção do Hospital”, afirmou Azevedo.
O administrador do Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes, Luciney Bohrer, agradeceu a parceria com o Executivo municipal. “Foi uma reunião muito boa e que contou com a participação de todos. O papel do Executivo, na figura do prefeito Luciano, foi fundamental para o sucesso dessa reunião, que vai proporcionar que a Prefeitura possa repassar recursos para o Hospital. Assim, não vamos precisar diminuir o atendimento e conseguiremos manter o nível qualidade do atendimento”, destaca ele.
A situação do Hospital
Atuando como a única instituição da área psiquiátrica, o Bezerra de Menezes é referência para Passo Fundo e região. A falta de recursos é um dos problemas enfrentados pela administração nos últimos anos quatro anos, o que prejudica a oferta do serviço e de atendimentos.
O hospital conta com equipe multidisciplinar que inclui assistente social, farmacêutico, enfermeiros, educador físico, nutricionista, psiquiatras e terapeuta ocupacional para o atendimento dos pacientes. No entanto, a instituição recebe pouco mais de R$ 53 pela diária de internação. O valor é insuficiente para cobrir todos os gastos com medicamentos, profissionais e a estrutura disponibilizada pelo hospital. Com o baixo valor repassado, os déficits tem se acumulado desde 2014 e têm sido cobertos pelo Hospital da Cidade.