Cientistas alemães conseguem avanços na luta contra a malária

"Esta descoberta tem o potencial de salvar milhões de vidas", disse o diretor do Instituto Max Planck de Colóides e Interfaces

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Um grupo de pesquisadores da Alemanha encontrou uma maneira mais rápida, eficiente e ecológica de produzir o principal ingrediente ativo em medicamentos anti-malária. "Esta descoberta tem o potencial de salvar milhões de vidas", disse Peter Seeberger, diretor do Instituto Max Planck de Colóides e Interfaces, em Potsdam, na Alemanha. A informação é da agência alemã DPA.

 

O grupo de cientistas encontrou uma maneira de copiar e acelerar o processo pelo qual a planta Artemisia annua produz artemisinina, o ingrediente principal nestes medicamentos. De acordo com a fonte, o processo leva menos de 15 minutos.

 

A descoberta, contudo, ainda está sendo vista com cautela pela comunidade científica. "As revoluções são vistas anos mais tarde, em retrospectiva", disse o cientista Juergen May, do Instituto Bernhard Nocht de Medicina Tropical, em Hamburgo.

 

Nesse sentido, ele considerou que uma verdadeira revolução teria sido a descoberta do método para alcançar uma substância sintética que preencheria a função da artemisinina. Além disso, ele advertiu que o parasita da malária está desenvolvendo resistência à artemisinina, como já foi observado nos países do Sudeste Asiático.

 

A organização Médicos Sem Fronteiras juntou-se à cautela. "Novas formas de combater a malária devem ser desenvolvidas e a pesquisa deve se concentrar em novas drogas", disse Marco Alves, o coordenador de campanha do grupo na Alemanha.

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