Famílias de ocupações buscarão novo acordo para evitar despejo

Venceu ontem o prazo de suspensão da reintegração de posse das ocupações Bela Vista e Vista Alegre

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Vereadores buscam intermediar impasse para evitar o despejoVereadores buscam intermediar impasse para evitar o despejo
Vereadores buscam intermediar impasse para evitar o despejo
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As famílias das ocupações Bela Vista e Vista Alegre se reúnem na próxima segunda-feira, 5, com a Câmara de Vereadores na tentativa de buscar nova negociação com a Prefeitura para evitar o despejo. É que venceu ontem, 1º, o prazo de suspensão da reintegração de posse das áreas. O acordo havia sido firmado na Justiça entre os moradores, proprietários e Prefeitura até que a avaliação e delimitação da área fosse realizada, o que não aconteceu. Essa decisão havia sido tomada em audiência em dezembro do ano passado, no Fórum de Passo Fundo. Em decorrência disso, o futuro das 215 famílias das duas ocupações segue indefinido.

 

O acordo firmado em dezembro determinava que o prazo de vencimento da reintegração de posse fosse adiado para que um perito, determinado pela Justiça, pudesse fazer a avaliação e delimitação da área, em virtude do interesse manifestado pelo município em adquirir parte do terreno ocupado, que tem entre três e quatro hectares. A partir dessa avaliação, o município faria uma proposta aos proprietários. No entanto, a líder da ocupação Bela Vista, Franciele Tillwitz, afirma que não houve contato por parte da Prefeitura: “A partir de hoje tudo pode acontecer. A gente espera que eles deem uma posição pra nós logo e que não venha a acontecer o pior com todos esses moradores”. As famílias enfrentam situações precárias de falta de água e luz, conforme relato do representante do Movimento de Luta pela Moradia de Passo Fundo, Júlio Gonçalves, que conta que a água chega somente durante a noite e os moradores precisam improvisar um reservatório, para que possam utilizar a água no dia seguinte.


Em encontro realizado ontem na ocupação, os vereadores Luiz Miguel Scheis, integrante da Comissão de Patrimônio e de Desenvolvimento Urbano e de Interior (CPDUI), e Rudimar dos Santos, da Comissão de Cidadania, Cultura e Direitos Humanos (CCCDH), dialogaram com os moradores para decidir qual o próximo passo a ser tomado, uma vez que o acordo não foi cumprido.

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