Empresa incubada no UPF Parque lança tecnologia na Expodireto

Trabalho de conclusão de curso evoluiu para uma empresa, que desenvolveu sistema automático de limpeza para ordenhadeiras canalizadas. Equipamento foi lançado nessa quinta-feira, 8 de março

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A necessidade de melhoria na propriedade da família fez com que o então estudante de Engenharia Elétrica da Universidade de Passo Fundo (UPF) Elias Sgarbossa pensasse em um equipamento inovador: o ROV – Sistema Automático de Limpeza para Ordenhadeiras Canalizadas. O trabalho de conclusão de curso evoluiu para uma empresa que hoje está incubada no Parque Científico e Tecnológico Planalto Médio (UPF Parque) e, além de engenheiro elétrico, Elias se tornou empresário. 
 
Nessa quinta-feira, dia 8 de março, a tecnologia foi lançada na Expodireto Cotrijal, sendo apresentada para toda a comunidade como solução para o produtor de leite. O equipamento realiza todo o processo de limpeza do equipamento de ordenha sem qualquer intervenção humana. O processo de higienização inicia e finaliza automaticamente 30 minutos antes do horário programado para o início da ordenha.
 
Presente na solenidade, o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Leonardo José Gil Barcellos destacou que o diferencial da Instituição com o UPF Parque é possibilitar interações como essas. “O que mais queremos dessa estrutura é que o aluno possa sair da Instituição como empresário”, disse, tomando o trabalho de Sgarbossa como um importante referencial. “Uma ideia que nasceu de um TCC, foi patenteada, está licenciada e se tornou um equipamento que automatiza a limpeza e auxilia o trabalho no campo”, frisou. 
 
Inovando a propriedade
Segundo Sgarbossa, sua família dedicou-se à produção leiteira durante 37 anos. “Durante o processo de ordenha, ficava pensando em uma solução para que não precisasse perder de 20 a 30 minutos em limpeza a cada ordenha. Em cada cadeira do curso de Engenharia Elétrica, ia aperfeiçoando a ideia, e, ao final do curso, vislumbrei a possibilidade de transformar esse desejo em algo real, em um equipamento”, comentou ele. A propriedade da família, de 16 hectares, tinha 30 vacas em lactação e uma produção média de 700 litros de leite por dia.
 
A ideia surgiu ainda em 2014, mas foi em 2015 que o acadêmico começou a colocá-la em prática. “Em maio de 2016, finalizamos os testes e estávamos com o produto pronto para ser utilizado em qualquer propriedade”, disse ele. Desde a faculdade, Sgarbossa e o colega Charles Bortolanza já conversavam sobre ter um negócio juntos. “Quando ele viu que o projeto poderia ter uma patente e poderia surgir uma empresa, fui contatado para fazer parte da equipe e contribuir em transformar o projeto em um produto. Assim surgiu a parceria da empresa”, contou Bortolanza.
 
O professor da Faculdade de Engenharia e Arquitetura Adriano Toazza orientou o trabalho e comentou que, para ele, representa a conclusão de um processo que iniciou no curso e transformou-se em um produto. “Estamos finalizando um ciclo que completa o propósito da Universidade, levando tecnologia ao consumidor”, pontuou. A produção é própria, sendo que os próprios egressos realizam todo o processo de manufatura, desde as placas eletrônicas até a montagem da central e a instalação na propriedade. A empresa Z2S Sistemas Automáticos está localizada no módulo II do UPF Parque.
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