Influência da UPF no desenvolvimento regional será destaque em reunião-almoço

Atividade integra a programação dos 50 anos da Universidade de Passo Fundo

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O ano de 2018, assim como foi o de 1968, é especial para a maior instituição de ensino superior do norte do Rio Grande do Sul. A Universidade de Passo Fundo (UPF) comemora, no dia 6 de junho, os 50 anos de sua criação.

 

Integrando a programação, que marca o aniversário da Universidade, no próximo dia 27 de março, será promovida a reunião-almoço com o tema “Educação e desenvolvimento regional – o impacto do conhecimento a serviço da comunidade”. Na ocasião, o reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, irá apresentar os dados que consolidam a influência da UPF no desenvolvimento de Passo Fundo e região.

 

O evento, que acontece a partir das 12h, no Clube Comercial, conta com o apoio da Acisa, da CDL, do Sindicato Rural, do Sindilojas e do Sinduscon. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente na sede das entidades apoiadoras. 

 

Como tudo começou

O ensino superior foi uma realidade distante, porém muito sonhada, dos moradores do interior do estado durante um longo período. Enquanto na capital, Porto Alegre, ainda no final do século XIX, foram criadas as escolas de Farmácia, Química e Engenharia, apenas na década de 1930 os primeiros cursos chegaram ao interior do Rio Grande do Sul, tendo como pioneiras as cidades de Pelotas e Santa Maria.

 

Em Passo Fundo, o processo ocorreu um pouco mais tarde, mas nem por isso de forma menos exitosa. Na metade do século XX, o município passava por um intenso processo de migração das comunidades rurais para a cidade, movimento que era acompanhado pelo aumento dos cursos ginasiais, que se preocupavam com a formação de professores para atender à expansão do ensino.

 

Nesse período, a comunidade começou a se mobilizar em busca de alternativas que possibilitassem aos jovens a continuidade dos estudos e contribuíssem de forma determinante no desenvolvimento da região. Assim, na década de 1950, foram dados os primeiros passos rumo à consolidação de uma das mais importantes instituições do norte do Rio Grande do Sul: a Universidade de Passo Fundo.

 

A ousadia desses pioneiros rendeu frutos. No livro “Universidade comunitária – Uma experiência inovadora”, o ex-reitor, professor Elydo Alcides Guareschi, resume: “A UPF foi e continua sendo uma experiência fascinante. Ela não foi ato da generosidade de algum governante. Não caiu de paraquedas num determinado lugar. Ela foi pensada e desejada. Nasceu do sonho e da vontade de visionários”. Os números dessa trajetória revelam a importância e o alcance da UPF para a comunidade: no ano em que chega ao seu cinquentenário, a Instituição registra, em toda sua história, mais de 76 mil profissionais formados.

 

Pioneiras

A criação da Sociedade Pró-Universidade de Passo Fundo (SPU), em 1950, e do Consórcio Universitário Católico (CUC), em 1956, permitiu à região iniciar a caminhada rumo ao ensino superior.

 

A SPU teve como primeiro presidente César Santos e foi a responsável, ainda em 1953, pela compra do prédio então pertencente à família Barbieux, onde foi instalada a Faculdade de Direito. A SPU também criou as faculdades de Odontologia, Agronomia, Ciências Políticas e Economia e o Instituto de Belas Artes. Em 1960, a SPU comprou, de Antônio Bittencourt de Azambuja, uma área de terra para a construção da Cidade Universitária, onde hoje está instalado o Campus I.

 

Dentre os objetivos do CUC, estava o de auxiliar na formação dos professores. Quando o Consórcio foi criado, o idealizador Dom Claudio Colling anunciou ao conselho da SPU o surgimento da entidade e da Faculdade de Filosofia. Na oportunidade, já se discutia a possibilidade de integração à Universidade de Passo Fundo, cuja fundação já estava sendo pensada. A Faculdade de Filosofia oferecia três cursos: Filosofia, Pedagogia e Letras Anglo-Germânicas.

 

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O decreto de reconhecimento da UPF foi assinado pelo presidente Arthur Costa e Silva e pelo ministro da Educação Tarso Dutra, no dia 2 de abril de 1968. O ato aconteceu no Palácio Piratini em Porto Alegre, onde Dom Cláudio Colling falou em nome da comunidade regional. Em seu discurso, destacou: “talvez nenhum outro ato tenha repercussão maior e tão histórica do que este de assinatura do decreto de criação da Universidade de Passo Fundo”, fazendo referência aos outros atos realizados na oportunidade. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União no dia 6 de junho de 1968, data em que se comemora o aniversário da Instituição.

 

Sonho que deu certo

No início, a UPF contava com 2.122 alunos matriculados em seis faculdades. Hoje, oferece 60 cursos de graduação. No total, são mais de 14,5 mil alunos matriculados em cursos de graduação e mais de 76 mil profissionais formados. Na pós-graduação, são 15 cursos de mestrado institucional, 6 de doutorado e 9 estágios pós-doutorais, cursos que, juntos, concentram mais de 700 estudantes. Na extensão, a UPF mantém mais de 85 projetos e programas.

 

A infraestrutura da Instituição conta com 10 bibliotecas, mais de 20 anfiteatros e auditórios, 176 salas de ensino prático-experimental, 300 laboratórios, 150 clínicas e convênios, com instituições estrangeiras de 18 países.

 

A UPF conta, ainda, com o Centro Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio (UPF Parque), que tem o apoio direto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico; e da Prefeitura Municipal de Passo Fundo. Dentre as áreas prioritárias de atuação do UPF Parque, destacam-se tecnologia de informação/software, alimentos, metalomecânica, biotecnologia, energia, saúde e agricultura de precisão.