Manifestantes do CMP Sindicato e Simpasso ocuparam o segundo andar da Prefeitura na tarde de ontem. O ato foi em resposta à decisão do Executivo de descontar da folha de pagamento dos servidores valores referentes aos dias em que não bateram, por participarem da paralisação da categoria. Está marcado para esta quarta-feira uma reunião com a secretária da Administração Marlise Soares. Os professores prometem manter a mobilização no Paço Municipal e uma nova assembleia está marcada para segunda-feira (02).
De acordo com o professor Eduardo Albuquerque, um dos dirigentes do CMP, o Prefeito Luciano Azevedo teria firmado um acordo com os servidores de não descontar valores referentes aos dias de greve. O presidente do Simpasso Éverson da Luz afirmou que a greve ocorre dentro da lei, com os pré-requisitos sendo cumpridos, e considera inaceitável efetivar o corte enquanto as negociações ainda estão em andamento. Angelita da Rosa é professora municipal da Educação Infantil e Ensino Fundamental e afirma que algumas professoras tiveram desconto no contra-cheque e que desde segunda-feira (26) a paralisação passou de meio turno para greve o dia todo. “Enquanto não tivermos uma resposta concreta, uma posição certa, eu me nego a ir trabalhar”, completou.
Os servidores reivindicam 6.81%. A última proposta do Executivo chegou a 2,33%. Em nota, a Prefeitura de Passo Fundo informou que fez três propostas de reajuste salarial aos servidores, dentro da realidade financeira do país e respeitando as limitações legais.
Sobre o corte no ponto, o Executivo tem deixado claro que é sua obrigação legal controlar a efetividade e que apenas atendeu a um pedido do CMP para abonar as faltas dos dias 27 e 28 de fevereiro, o que foi feito.