O Sinduscon comemora em março (21/03) 32 anos de existência. A entidade representa o setor da construção civil que é um dos pilares da economia brasileira. Mais de três décadas depois de sua fundação o Sindicato está em outro patamar. Deixou de ser um pequeno sindicato patronal atuante apenas em Passo Fundo para se tornar uma entidade de classe consolidada, com 30 municípios em sua extensão de base (destaque para Carazinho, Sarandi e Marau). Além disso conta com uma sede própria e outra sendo construída no loteamento Cidade Nova em Passo Fundo. A obra esta na reta final e vai ser um marco para a cidade.
O atual presidente Plínio Humberto Donassolo esteve a frente do sindicato em dois mandatos de quatro anos cada. É um dos presidentes mais longevos e profundo conhecedor das necessidades e potencialidades da categoria. Donassolo deixa a presidênca do SINDUSCON em abril. Irá passar o comando para o administrador e empresário Leonardo Gehlen. Plínio faz um balanço da gestão à frente do Sindicato.
Você liderou a entidade em dois momentos. O primeiro (2006 a 2010) no auge do crescimento econômico do setor e agora na fase mais difícil da história (2014 a 2018). Qual foi a maior dificuldade enfrentada nestes últimos anos?
Donassolo - Uma entidade como a nossa representa um setor muito importante da economia local. Em razão disso, faz com que o segmento venha a sentir de maneira positiva ou negativa todas as variações e reflexos da situação econômica nacional. Quando estávamos no auge do crescimento econômico era visível a pujança do setor com muitos lançamentos imobiliários para todas as categorias de consumidores, fazendo com que toda a cadeia produtiva, quer sejam construtoras, incorporadoras, indústria moveleira, prestadores de serviço, comércio de materiais de construção, indústrias responsáveis pelo fornecimento de insumos, transportes e demais colaboradores, todos, vivessem um período de crescimento e desenvolvimento invejável. Claro está que com a recessão que atingiu o país a partir de 2014, viemos a sofrer um período de retrocesso nas atividades fazendo com que muitos interrompessem possíveis novos empreendimentos e lançamentos. Em períodos assim fica mais difícil manter a união e a busca de alternativas viáveis para enfrentar a crise e buscar dias melhores num menor espaço de tempo possível.
Tua gestão foi marcada pelo diálogo com a sociedade e teve um caráter conciliador com os associados. Após estas passagens no Sinduscon, que entidade você esta entregando ao setor da construção civil e mobiliário?
Donassolo - Tenho plena convicção de que conseguimos. Junto com toda a Diretoria eleita e uma equipe Administrativa muito eficiente, mantivemos um bom relacionamento com todos os setores da sociedade e demais entidades representativas. Nosso quadro associativo é muito unido e atuante. Sempre que precisamos tivemos o apoio de todos na busca de soluções para demandas do setor. A Entidade está com certeza mais forte, representativa e inserida no desenvolvimento local e regional.
Você esteve no processo da construção da nova obra desde o início. É um empreendimento arrojado e que irá proporcionar outro patamar para a entidade. qual será o legado da nova sede para o Sinduscon Passo Fundo?
Donassolo - A nova sede foi planejada para ser um marco do setor da construção civil e do mobiliário de Passo Fundo e Região. Um prédio moderno, com concepção arquitetônica diferenciada, que será um orgulho não só para os integrantes da Construção e do Mobiliário, mas também para toda a cidade. Com salas para cursos profissionalizantes, espaço para eventos como fóruns, seminários, simpósios, painéis, além de lançamentos imobiliários e exposições, a nova sede terá ainda auditório e atendimento ao associado. O Edifício será um marco do setor, encravado na avenida principal do belo e moderno loteamento Cidade Nova em Passo Fundo.
Em janeiro de 2017 a entidade recebeu a carta de extensão de base do Ministério do trabalho, estendendo de Passo Fundo para outras 29 cidades da região como Marau, Carazinho e Sarandi. O que isso vai representar para o Sinduscon daqui pra frente?
Donassolo - A extensão de base era um sonho e uma reivindicação antiga da Direção e demais Associados. É um processo difícil, que envolve um trabalho de base junto aos municípios e junto ao Ministério do Trabalho em Brasília. Foram longos anos de idas e vindas até que fomos contemplados com a nova Carta. Isso vai proporcionar a todo o setor local e regional uma força política muito maior, na busca de mais representatividade e mais poder na solução de questões que envolvem a Construção Civil e o Mobiliário. Juntos, os 30 municípios que compõe o atual território do Sinduscon terão com certeza maior resultado em suas demandas. E desde janeiro de 2017 começamos o planejamento e a execução de estratégias para reforçar o trabalho e a marca da entidade nos municípios que compõem a nossa extensão de base. Destaco aqui cidades importantes da nossa região como Carazinho, Sarandi e Marau.