Greve de servidores municipais segue nesta semana

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Comissão da Câmara de Vereadores deve mediar situação entre sindicato e ExecutivoComissão da Câmara de Vereadores deve mediar situação entre sindicato e Executivo
Comissão da Câmara de Vereadores deve mediar situação entre sindicato e Executivo
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A greve iniciada na segunda-feira (26) da semana passada deve seguir pelos próximos dias. Na última quinta-feira (29), os professores municipais que aderiram à paralisação decidiram que devem continuar parados nesta semana que inicia. Tanto docentes quanto servidores municipais pedem por 6,81% de reajuste. Nesta segunda-feira (2), a comissão de vereadores criada para mediar a situação deverá se reunir com representantes do Executivo, a fim de buscar uma resolução para o impasse.

 

Na semana passada, a oferta da Prefeitura foi de 2,81% - impacto que significaria cerca de R$ 5 milhões nas contas públicas, como informou o secretário de finanças, Dorlei Maffi. Além de tratar da reposição salarial, a conversa também deverá buscar alternativas para a recente medida da Prefeitura de bloquear o ponto dos servidores que aderiram à paralisação. A informação é de um dos dirigentes do CMP, o professor Eduardo Albuquerque.

 

“O procurador-geral do Município [Adolfo de Freitas], justifica que não existe uma legislação específica para paralisações e que, por isso, não temos amparo legal que garanta o pagamento do salário nestes momentos”, disse Eduardo, defendendo que a realização desses movimentos faz parte do processo democrático. “Essa atitude arbitrária do Executivo nos colocou em outra situação: a de que não voltaremos para sala de aula enquanto não for devolvida essa quantia significativa a todos servidores. Assim, além do índice que pleiteávamos, agora temos mais uma demanda, que é ter o retorno desses valores de imediato. Caso contrário, teremos uma perda irreparável”, completou.

 

“CMP Sindicato e Simpasso solicitaram que se priorize esta intermediação para que uma solução seja encontrada em curto espaço de tempo”, disse a nota emitida pelo CMP Sindicato. Uma assembleia extraordinária deve ser realizada na segunda-feira, no CTG Lalau Miranda, onde os grevistas deverão deliberar os rumos da paralisação e a data-base de 2018.

 

Integram a comissão especial da Câmara os vereadores Márcio Patussi (PDT), Luiz Miguel Scheis (PDT), Rafael Colussi (DEM) e Alex Necker (PCdoB). “A Câmara mediará, junto do prefeito, um plano de ação que possa viabilizar a resolução do impasse. Em toda greve, quem sai mais prejudicado são as pessoas que precisam dos serviços que foram interrompidos. Em se tratando da mobilização dos professores, os alunos ficam desassistidos e isso também prejudica a rotina das famílias. Assim, a Câmara deve participar deste impasse a fim de aproximar as duas partes”, disse o presidente da Casa, Pedro Daneli (PPS). De acordo com o Simpasso, cerca de 600 servidores aderiram à paralisação.

 

Nota de apoio


O Comitê Intersindical Popular de Passo Fundo também se juntou ao movimento publicando uma Moção de Apoio aos Servidores Públicos Municipais de Passo Fundo. O comitê é formado pelo 7º Núcleo do CPERS, Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, CSP-Conlutas, Movimento Mulheres em Luta, Resistência Bancária e Assembleia Nacional dos Estudantes Livres.

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