Falta de conhecimento é o principal desafio

Presidente da AUMA de Passo Fundo avalia que a sociedade precisa entender os portadores deste transtorno. O dia mundial de conscientização da doença foi nesta segunda-feira (2)

Por
· 2 min de leitura
Em Passo Fundo, a AUMA foi fundada por pais e tem 19 anos de serviços prestadosEm Passo Fundo, a AUMA foi fundada por pais e tem 19 anos de serviços prestados
Em Passo Fundo, a AUMA foi fundada por pais e tem 19 anos de serviços prestados
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Uma a cada 160 crianças no mundo é afetada pelo autismo, conforme estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando a pauta é o público afetado por este transtorno neurológico, um dos principais objetivos é levar conhecimento para a população, conforme a presidente da Associação dos Amigos da Criança Autista de Passo Fundo (AUMA), Salua Younes. “O maior desafio é vencer o preconceito que ainda existe. Esse preconceito é por falta de conhecimento. Logo, o desafio maior é levar o conhecimento a respeito do autismo para o maior número de pessoas. É para isso que a gente trabalha”, analisa.


Em Passo Fundo, a associação estima que haja mais de 130 crianças com o transtorno. Conforme Salua, a sociedade precisa compreender esse público. “As pessoas autistas são muito diferentes umas das outras. As necessidades e os comportamentos podem ser diferentes devido aos graus da doença. As reações são diferentes. Uma aceitação na sociedade desses comportamentos que não são os comportamentos padrão de pessoas que não têm nenhuma deficiência ou transtorno”, complementa a presidente.


Pensando nesta sensibilização e em alusão ao O Dia Internacional de Conscientização do Autismo, comemorado no dia 2 de abril, a associação organizou uma semana de atividades na cidade para disseminar informação a respeito do transtorno. O primeiro evento foi realizado na noite de ontem (2), na Faculdade de Medicina da UPF. O advogado Ivan Garcia palestrou sobre os direitos dos autistas.


A segunda palestra ocorrerá na quinta-feira (5), também na Faculdade de Medicina. Desta vez, o tema será as terapias para autistas: fonoaudiologia e musicoterapia. As convidadas são a fonoaudióloga Stefanie Rosin e musicoterapeuta Maria Salete Camargo. O evento está programado para iniciar às 19h30. A entrada é gratuita. No domingo (8), a entidade promoverá um galeto com massa na Paroquia Santo Antônio, no Bairro Petrópolis. O almoço estará disponível para levar das 11h30 às 14h. O ingresso custa 25 reais e pode ser adquirido com integrantes da AUMA. A associação pretende realizar outra atividade no mês de abril, que ainda não foi definida.


Sobre a doença
O autismo se caracteriza como alterações no comportamento, na interação social e na comunicação. Conforme Salua, o diagnóstico só é possível por meio de exame clínico. O transtorno é dividido em três graus: leve, moderado e severo. “Existem muitas pesquisas sobre o autismo. Se sabe que muito provavelmente ele está ligado à genética, mas nada ainda exatamente comprovado”, explica a presidente da associação.


A AUMA
A entidade tem 19 anos de existência. Ela foi fundada por um grupo de pais que não tinha onde buscar atendimento para seus filhos. O objetivo inicial da AUMA era a criação de uma escola especializada. A Escola de Autistas Profª Olga Caetano Dias surgiu dois anos depois. Atualmente, os integrantes trabalham em conjunto com a escola, também buscando políticas públicas para esse público e auxiliando pais e familiares de autistas. A entidade sobrevive de doações. Quem tiver interesse em contribuiu pode entrar em contato pelo fone (54) 99658-1732.

Gostou? Compartilhe