Município adota novas estratégias para coleta seletiva

Bairro Rodrigues teve iniciada a coleta seletiva na segunda-feira. Até o Final do ano, outras cinco regiões do município devem ser contempladas e Usina de Reciclagem deve ter triplicada a capacidade de separação

Por
· 3 min de leitura
Cooperativa da Bom Jesus ampliou em 60% material recicladoCooperativa da Bom Jesus ampliou em 60% material reciclado
Cooperativa da Bom Jesus ampliou em 60% material reciclado
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Uma nova estratégia para a ampliação do recolhimento e correta destinação de resíduos recicláveis está em andamento em Passo Fundo e, desde ontem, uma nova região do município é beneficiada, o Bairro Rodrigues. Além disso, até o final do ano, outras quatro regiões da cidade devem ser beneficiadas pela iniciativa que integra as comunidades e cooperativas de recicladores do município. Da mesma forma, obras de ampliação na Usina de reciclagem devem triplicar a quantidade de material reciclável separado até o final do ano.


Passo Fundo recolhe em torno de 4 mil toneladas de lixo por mês e, desse total, apenas de 2% a 2,5% é reciclado. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Rubens Astolfi, a estratégia iniciada no Bairro Rodrigues para ampliar essa porcentagem já é testada no bairro Planaltina desde o ano Passado, em parceria com a cooperativa Arevi. “As pessoas têm colaborado e tem dado um retorno bastante positivo. A coleta funciona só para resíduos recicláveis, é feita pela cooperativa de reciclagem em dias inversos à coleta convencional. Não muda nada na coleta convencional”, introduz.


No Bairro Rodrigues, a coleta seletiva iniciada ontem é feita em dias alternados à coleta convencional. Os materiais recicláveis são recolhidos pela Coama nas segundas e quintas-feiras pela manhã, e a coleta convencional é feita nas terças-feiras e nos sábados. “São dias inversos e a coleta seletiva é feita pela cooperativa de reciclagem e os materiais vão direto para o galpão de reciclagem”, reforça.


Resultado
Na Planaltina, que teve a primeira experiência do município com esse formato de recolhimento, foi registrado um aumento de 60% na renda da associação de recicladores. Esse incremento se deve, em grande parte, ao apoio da população na separação dos resíduos que podem ser reciclados. Por isso, antes de se iniciar esse formato de coleta seletiva é feito um trabalho de conscientização nos bairros que conta com o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, mas também de empresas, entidades e instituições de ensino presentes destes bairros a fim de sensibilizar a população envolvida. No Bairro Rodrigues, alunos do Colégio Tiradentes foram parceiros da ação.


Convênio com as cooperativas
Astolfi explica que a Prefeitura mantém convênio com as cooperativas que são remuneradas pelo serviço de recolhimento. Elas recebem, basicamente, o custo da coleta. O lucro fica por parte da venda dos materiais recicláveis. “A intenção é que tenhamos até o final do ano seis regiões com coleta seletiva. Já temos na Planaltina, nessa semana estamos começando no Bairro Rodrigues, e a partir da próxima semana na região do Bairro Menino Deus, Cohab Secchi, Santo Afonso, que será outra cooperativa, a Cootraempo”, antecipa. Para o segundo semestre serão selecionadas mais três regiões para que se faça coleta seletiva nesse mesmo modelo. “A ideia é que fique próximo das cooperativas”, pontua sobre a seleção dos bairros a terem a coleta seletiva.


Usina de Reciclagem
Outra frente de trabalho está relacionada à Usina de Reciclagem por meio de convênio com a cooperativa Recibela. O contrato iniciado no ano passado com 19 recicladores teve uma crescente e, no mês passado iniciou o trabalho em dos turnos, com 30 pessoas em cada um. Com isso, já houve um aumento na separação dos resíduos cuja média era inferior a 60 toneladas de resíduos separados e encaminhados para a reciclagem, para 95 toneladas no último mês. Esse volume ainda deve ser aumentado, tendo em vista que este foi apenas o mês de adaptação.


Também está em fase final a licitação para construção de um novo galpão que abrigará duas novas esteiras de reciclagem. A expectativa é de que a instalação esteja finalizada até o final do ano e que a capacidade de reciclagem seja triplicada. “Todo resíduo tem condição de ser passado na esteira, obviamente que nem todo passa, devido se ter só uma esteira. Por isso a gente sempre lembra da importância das pessoas separarem os resíduos nas suas residências, mesmo que morem em uma região que não tem coleta seletiva, mas vai ajudar na separação pelos cooperativados”, reitera sobre a importância da colaboração das pessoas. Quando alguém que trabalha na esteira identifica uma embalagem com materiais reciclados a separação fica facilitada e isso, inclusive, pode ajudar a aumentar a renda dos trabalhadores.


Além do benefício ambiental, a separação dos resíduos recicláveis reduz os custos com a destinação dos resíduos que são encaminhados para Minas do Leão.

Gostou? Compartilhe