Surto de toxoplasmose não preocupa

No entanto, população deve ficar alerta e tomar alguns cuidados

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Os vários casos de toxoplasmose que foram confirmados em Santa Maria não chegam a causar preocupação para a população de Passo Fundo. O núcleo de vigilância epidemiológica do município informa que nenhum caso foi notificado na cidade (diferentemente de outras doenças, não é obrigatória a notificação) e o surto não preocupa, embora deixe o núcleo em alerta. Na região sul, uma a cada seis pessoas são afetadas pela doença. No entanto, 90% dos casos são benignos e não causam maiores problemas.

 

Grande parte da população pode já ter contraído o vírus sem ter tomado conhecimento. “Às vezes demora um pouco para perceber, pois normalmente as pessoas só tem febre”, explica a médica infectologista, Cristine Pilati. Outros sintomas também podem ser cansaço e diminuição de apetite, mas o diagnóstico preciso é feito através da coleta de sangue e demora aproximadamente uma semana. Em seu consultório, a médica afirma que recebe pacientes novos todo mês. “A maioria dos casos são benignos. As formas graves são mais especiais”, completa.

 

Em apenas 10% dos casos os infectados sofrem maiores consequências. Nestas ocasiões, podem ocorrer vários problemas. A toxoplasmose ocular prejudica a visão, em caso de gestantes a mal formação do bebê, além de neurotoxoplasmose (uma espécie de meningite) em portadores de aids. O tratamento varia de acordo com a idade ou gravidez, mas é feito através de antibióticos, sem necessitar uma internação hospitalar.

 

Transmissão

A toxoplasmose pode ser transmitida de várias maneiras, mas não é passada de uma pessoa para outra – exceto no caso de gestantes, onde o bebê pode sofrer consequências. A principal forma é através do contato com fezes de qualquer mamífero. A doença também pode ser transmitida através do leite de animais contaminados, carne mal cozida que esteja contaminada e salame mal conservado, com origem duvidosa.


Prevenção
Cristiane alerta sobre alguns métodos para se prevenir da doença. “O principal é comprar carne de boa procedência. Para gestantes que ainda não tiveram contato com o ectoplasma, não comer carne mal passada de hipótese alguma. Também é importante lavar bem a salada”, finaliza.

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