A Escola Municipal de Autistas Professora Olga Caetano Dias, juntamente com a Associação dos Amigos da Criança Autista (Auma), atua no atendimento de autistas em Passo Fundo há 17 anos. Hoje, mais de 65 alunos frequentam a escola, que ainda não possui uma sede própria. O assunto foi discutido numa reunião organizada por vereadores que integram a Comissão de Cultura, Cidadania e Direitos Humanos (CCCDH) com a participação de membros da diretoria da escola e representantes do Executivo, que levantaram necessidades relacionadas ao local de funcionamento da escola.
A urgência de encontrar uma solução para a instituição, que desenvolve um trabalho essencial em prol das crianças autistas e de suas famílias, acontece em virtude de a escola ter de se mudar de endereço, sendo deslocada da Vila Lucas Araújo para o Seminário Nossa Senhora Aparecida, onde estava localizada a Universidade Federal Fronteira Sul. Segundo a diretoria e representantes da escola, a mudança repentina segue uma solicitação do proprietário do local onde a instituição atualmente funciona e gera algumas preocupações, como a reação dos alunos a um novo ambiente e também a estrutura do novo espaço.
De acordo com o diretor, Paulo Cezar Mello, a nova estrutura necessita de algumas adaptações para que os autistas e suas famílias possam ser bem atendidos, como a criação de uma cozinha, refeitório e o cercamento do local. Embora a situação tenha gerado uma crise, Paulo comenta que, em contrapartida, tem sido uma boa oportunidade para destacar o andamento das obras da sede própria, já que a Auma possui um terreno há cinco anos, em nome da associação. “Agora é o momento de pressionarmos o poder público para garantirmos a viabilização da verba e darmos início à obra”, explicou.
No ano passado, o prefeito Luciano Azevedo (PSB), em reunião com a deputada federal Yeda Crusius, solicitou a liberação de R$ 1 milhão, via emenda parlamentar, para a construção de uma sede própria para a escola. O secretário de Educação, Edemilson Brandão, que também esteve presente no encontro, falou sobre o andamento do processo. “O projeto da escola já existe e já está sendo finalizado. Começamos a coletar verbas e já temos algumas captações de recursos pra isso. Só precisamos, agora, começar a obra desta escola”.
Até que a obra não aconteça, os vereadores devem planejar com representantes do Executivo, da escola e da Auma e também do Executivo possíveis medidas para atender às principais demandas estruturais da sede da instituição. “Nós queremos conversar com o secretário Edmilson e com todas as lideranças dessa área para termos um cronograma de trabalho, que consolide um espaço próprio, adequado e que atenda às necessidades da escola Olga Caetano, que tanto trabalha em Passo Fundo” articulou o presidente da comissão, Saul Spinelli (PSB).