Uma nova barragem de captação de água está sendo planejada pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para Passo Fundo. O projeto, que terá um investimento de R$ 100 milhões, é uma resposta ao crescimento vegetativo do município e uma medida de prevenção em casos de estiagem. A expectativa é licitar a obra ainda neste ano, conforme o superintendente regional da Corsan Planalto (Surpla), Aldomir Antônio Santi.
O planejamento da Superintendência é iniciar as obras no próximo ano. Por tratar-se de uma construção complexa, a estimativa é que o trabalho leve no mínimo dois anos. A nova barragem ficará próxima àquela existente do Capingui. O reservatório fornecerá água só em casos de emergência, já que o abastecimento continua sendo feito pelas demais represas. O projeto contará com uma adutora (tubulação de condução de água) que passará pelo Rio Jacuí e irá até uma estação, que será construída como parte do projeto, na Vila Matos.
O projeto foi elaborado a partir de um estudo de viabilidade. “Foi contratada uma empresa, que fez um estudo e chegou à conclusão que a melhor alternativa é buscar recurso hídrico no Capingui. Foi estudada a possibilidade de aumentar a barragem do Miranda, mas não era viável. A barragem da Fazenda também não tinha como, porque a nascente é muito fraca. Não adianta fazer um barramento maior se não tem água que chega. A melhor alternativa foi lá (no Capingui)”, enfatiza Santi.
O recurso foi aprovado na Assembleia Legislativa e garantido pelo Banco Interamericano de desenvolvimento (BID). A Corsan ajusta os últimos detalhes antes do anúncio oficial da obra e da publicação do edital de licitação.
Estiagem de 2012
Com a obra, situações como as que aconteceram em 2012, de racionamento em período de estiagem, serão evitadas. Naquele ano, a Corsan teve de buscar água no Jacuí para abastecer Passo Fundo. O governo estadual, por meio da Corsan, liberou, naquele ano, R$ 4 milhões para as cidades atingidas pela estiagem. O valor foi destinado à perfuração de poços profundos, para obras de reforços como aproveitamento de poços, dragagem e desassoreamento de barragens, instalação de válvulas reguladoras de pressão e contratação de caminhões-pipa e para análises técnicas, físico-químico e bacteriológicas em águas provenientes dos poços perfurados. Na ocasião, o governo havia previsto a transposição do Rio do Cravo em Erechim, das águas do Rio Jacuí para o recalque do Rio Passo Fundo Novo, e do Rio Passo da Porteira para a Barragem Arroio das Pedras.