O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos Urbanos de Passo Fundo (Sindiurb) realiza nesta sexta-feira nova assembleia para decidir se os trabalhadores aceitam ou não a proposta de reajuste salarial proposto pelas empresas Coleurb e Transpasso. Apesar de ser considerado aquém das expectativas da categoria, os trabalhadores preferiram esperar até amanhã para avaliar e decidir se aceitam a proposta, se apresentam uma contra proposta ou se iniciam uma paralisação ou greve.
Conforme o presidente do Sindiurb, Miguel Silva, a proposta apresentada pela empresa ainda está muito aquém do que é pedido pelos trabalhadores. Mesmo assim, devido ao atual momento econômico, os trabalhadores pediram, na quarta-feira, mais alguns dias para poderem debater e decidir pela aceitação ou não da proposta. A categoria pede um aumento de aproximadamente 7%, e mais 30% de reajuste no vale alimentação, que passaria a ser de aproximadamente R$ 480. Já a empresa ofereceu reajuste de 1% retroativo ao mês de março e R$ 20 de aumento no vale refeição, que subiria de R$ 340 para R$ 360, também retroativo. Além disso, ofereceu mais 1% de reajusta e mais R$20 no vale alimentação caso consiga o aumento no valor das passagens.
Para Silva, a vinculação do reajuste salarial ao aumento no valor das passagens é ruim para os trabalhadores, entre outros motivos, por causar a impressão de que as passagens só aumentam em decorrência dos salários. As empresas alegam que não têm outro meio já que, segundo elas, a defasagem dos custos com combustível, manutenção e outras despesas é muito grande e só podem ofertar mais se tiver aumento.
Amanhã, logo no início do dia, às 5h15, no Portão da Coleurb, será feita a primeira chamada da assembleia e às 5h45 a segunda chamada para a votação da proposta. Apesar de não haver paralisação marcada, podem ocorrer alguns atrasos nas linhas do início do dia em função da votação. Além desta chamada, outras serão feitas às 9h, às 14 e às 16h para que a maior parte dos trabalhadores possa se manifestar com relação ao reajuste proposto. Silva destaca que a categoria entende que eventualmente pode causar algum transtorno à população em função desta situação e se desculpa antecipadamente, mas que, por outro lado, os trabalhadores não têm outra forma de pressionar a empresa para receberem uma proposta melhor. A expectativa é de que a empresa ainda apresenta uma proposta melhor aos trabalhadores até amanhã.