Neste ano as temperaturas baixas ainda não chegaram e isso tem repercutido nos ciclos das plantas frutíferas. Enquanto algumas se beneficiam do maior tempo de calor para reter nutrientes para o próximo período, outras podem sofrer com o ataque de insetos ou mesmo florações fora de época. Os produtores devem estar atentos a essas situações para poderem proceder os tratamentos e manejos adequados em cada situação.
O assistente técnico municipal da Emater de Tapejara, Jair Batista do Amaral, explica que como as plantas ainda não perderam as folhas devido ao calor, elas tendem a acumular mais nutrientes. Mesmo assim, o calor não é totalmente benéfico neste período, especialmente para rosáceas, como é o caso dos pessegueiros, que podem emitir flores caducas – fora de época. Isso pode repercutir negativamente na produtividade quando for o momento adequado da planta começar a produzir.
No caso da ameixa e do caqui as plantas estão com bom padrão, mas é preciso ficar atento, antes das geadas, para a ocorrência de cochonilhas. Neste período e com as temperaturas registradas elas podem se proliferar rapidamente e causar danos às plantas. Nos galhos em que elas se instalam pode haver a parada da produção, mas há casos em que a planta morre devido ao ataque. Por serem insetos sugadores, as cochonilhas acabam retirando os nutrientes das plantas que ficam debilitadas. O controle pode ser feito com a aplicação de óleo mineral e inseticida. Porém, após as geadas, enquanto a planta estiver em dormência, é importante a aplicação da calda sulfocálcica para limpeza total da planta. As cochonilhas atacam também os pessegueiros.
Para os produtores de uva, o cuidado neste momento deve ser direcionado à cobertura de solo e, somente depois das geadas, realizar os tratos culturais com a calda sulfocálcica para a limpeza das plantas. Já para os citros o único empecilho no momento é a falta de chuva que pode afetar o desenvolvimento dos frutos. “Estamos chegando no período em que a frutificação está chegando ao final da maturação e as frutas podem ficar um pouco menores, mas, principalmente a bergamota, fica mais doce e isso é bom”, explica. Além disso, os produtores que possuem sistemas de irrigação não devem registrar problemas.
Noz-pecã
Também está em período de colheita da noz-pecã. Em Tapejara, por exemplo, são cultivados cerca de 14 hectares de nozes. Neste ano as plantas têm apresentado boa produtividade. As plantas podem render entre 2 mil e 3 mil quilos por hectare. O quilo da noz pode ser vendido por cerca de R$ 35 ao quilo do produto processado ou entre R$ 15 e R$ 18 in natura, o que representa uma boa fonte de renda ao produtor neste período.