ON - Quais são os desafios mais imediatos da Universidade de Passo Fundo e que devem ser enfrentados pela futura gestão da instituição, num cenário que ainda é de incertezas tanto na política quanto na economia?
Chapa 2 - Além do ambiente externo de crise econômica, política e moral pela qual o país está passando, a UPF, assim como grande parte das instituições comunitárias, também precisa conviver e dialogar com um contexto de profundas transformações no campo da educação superior, tais como a massificação dos sistemas, as formas de competição entre instituições de ensino superior e o tensionamento entre o público e o privado. No contexto interno, o Movimento Ação UPF - Para Além dos 50 anos (Chapa 2) entende que os principais desafios estão relacionados à busca pela sustentabilidade econômica, a necessidade de qualificar o ensino de graduação e a governança, bem como consolidar os recentes e reconhecidos avanços na extensão, na integração com a comunidade, na pesquisa e na pós-graduação.
ON - Quais as propostas defendidas pela chapa para a gestão da UPF? Essas propostas implicam mudar a forma de administrar a instituição?
Chapa 2 - Valorizando as conquistas produzidas ao longo dos 50 anos da instituição, o Movimento Ação UPF - Para Além dos 50 anos (Chapa 2) apresenta propostas para reforçar o caráter de universidade comunitária - pública não estatal - da UPF, equilibrar colegialidade e pró-atividade na gestão, mover-se com agilidade frente aos desafios e ser resiliente na preservação dos valores acadêmicos. Nesse sentido, as principais propostas são as de fortalecer o ensino de graduação, garantir a sustentabilidade econômica, implementar a gestão compartilhada e consolidar a pesquisa, a extensão e a pós-graduação. Para tanto, a UPF precisa, como condição para a qualificação da graduação, planejar, executar e avaliar com responsabilidade e inovação os desafios técnico-pedagógicos e formativos impostos, por exemplo, pela universalização da Educação Básica e pela expansão do Ensino Superior. Aliado a isso, a gestão com as pessoas precisa avançar de forma inteligente e criativa, visando à prospecção de novas fontes de recursos, à ampliação das relações com a matriz produtiva regional e à inovação na prestação de serviços, bem como o caráter colegiado já existente deve ser fortalecido e ressignificado institucionalmente, potencializando a capacidade de análise, de resolução, de eficiência e de agilidade, sem prejuízo à educação que caracteriza o ensino universitário.
ON - Que direcionamento será dado para cada uma das vice-reitorias?
Chapa 2 - Os desafios atuais exigem esforços colaborativos que considerem as competências e as capacidades de análises de cada área e mobilizem a inteligência interna, de forma a se constituírem em estratégias para os processos de planejamento e de transversalidade da gestão institucional. Deste modo, o Movimento Ação UPF - Para Além dos 50 anos (Chapa 2) compreende que as vice-reitorias devem trabalhar de forma integrada e articulada, que os planos, as ações e as atividades específicas de cada uma delas, de graduação, de pesquisa e pós-graduação, de extensão e administrativa, devem ter como objetivo comum e direcionamento a missão da UPF de ‘produzir e difundir conhecimentos que promovam a melhoria da qualidade de vida e formar cidadãos competentes, com postura crítica, ética e humanista, preparados para atuarem como agentes de transformação’.
ON - No seu entendimento, como candidato a Reitor, o que a UPF representa para a região e qual papel dela como instituição comunitária?
Chapa 2 - Para responder a essa pergunta façamos o exercício de imaginar nossa região sem a UPF! Como seria? Que estágio de desenvolvimento estaríamos? Só com esse pequeno exercício, já podemos perceber o quanto nossa UPF se constituiu em sólida base de desenvolvimento em nossa região.
Ao longo desses 50 anos como Universidade, a UPF entregou à região mais de 75000 profissionais de diversas áreas, mais de 2000 mestres e doutores, incontáveis pesquisas e sólidos projetos de extensão, que fortalecem nossa relação com a comunidade. Além dos dados tangíveis, a chegada da UPF promoveu um choque cultural que promoveu o desenvolvimento cultural de toda a região a ponto de colocar Passo Fundo no mapa nacional como Capital Nacional da Literatura.
Mais recentemente, em frente aos novos tempos, a UPF foi e é protagonista de uma iniciativa portadora de futuro, o UPF Parque que culmina tantas iniciativas dos cursos, programas de pós-graduação, polos de inovação tecnológica e de todos envolvidos no desenvolvimento regional.
Quem é
Professora Bernadete Maria Dalmolin - candidata a Reitora da UPF
Doutora em Saúde Pública (USP)
Mestre em Saúde Pública (USP)
MBA em Gestão do Ensino Superior
Especialista em Saúde Mental e Administração Estratégica em Saúde
Graduada em Enfermagem (UFPel)
Vice-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da UPF (desde 2012)
Membro do Conselho Diretor da FUPF (2011-2012)
Membro do Planejamento Estratégico Institucional UPF (2010-2012)
Coordenadora do Fórum de Extensa~o das Instituições Comunitárias de Educação Superior Câmara Sul (2013-2016) e Coordenação Nacional (desde 2017)
Professora da UPF desde 1992
* Nominata da chapa
Bernadete Dalmolin - Reitora)
Edison Casagranda - Vice-Reitor de Graduação)
Antonio Thomé - Vice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação)
Rogério da Silva - Vice-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários)
Cristiano Cervi - Vice-Reitor Administrativo)