Governo cubano confirma que 110 morreram em queda de avião

No Boeing 737 alugado pela Cubana de Aviación e que pertence à companhia aérea mexicana Global Air viajavam 102 cubanos e 11 estrangeiros

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O governo de Cuba afirmou nesse sábado (19) que 110 pessoas morreram no acidente com um avião que caiu pouco depois de decolar do aeroporto internacional de Havana ontem (18).

No Boeing 737 alugado pela Cubana de Aviación e que pertence à companhia aérea mexicana Global Air viajavam 102 cubanos e 11 estrangeiros, entre eles mexicanos, argentinos e saarianos.

As únicas três sobreviventes são mulheres cubanas, que estão em estado crítico em um hospital de Havana.

Até o momento, segundo o vice-ministro de Saúde de Cuba, Alfredo González, foram identificados os corpos de 15 vítimas, entre elas cinco crianças.

Desde o acidente diferentes números de vítimas foram divulgados devido à confusão inicial sobre o tamanho da tripulação do voo. No total, estavam no Boeing 737 que caiu 58 mulheres e 55 homens.

O ministro de Transporte de Cuba, Adel Yzquierdo, esclareceu hoje que 113 pessoas estavam no avião e que 110 delas morreram. Do total, 11 eram estrangeiros: os seis mexicanos da tripulação, um casal de argentinos, dois saarianos e uma mulher mexicana.

Segundo o vice-ministro de Saúde, os médicos fizeram um "esforço extraordinário" nas últimas 24 horas para deixar as três sobreviventes em condições estáveis. Elas estão sendo atendidas por uma equipe multidisciplinar especializada nesse tipo de caso.

Gonzaléz alertou que o processo de identificação das vítimas levará algumas semanas. O trabalho está sendo dificultado porque a queda do avião deixou os restos mortais muito espalhados, o que impede os legistas de se guiar pelos números dos assentos.

González afirmou que os funcionários do Instituto de Medicina Legal de Havana, para onde foram levados os corpos, utilizarão várias informações para identificar as vítimas, mas ressaltou que as amostras de DNA cedidas pelos parentes serão essenciais.

As famílias de todas as vítimas já foram informadas sobre as mortes e muitas delas já estão em Havana. O governo de Cuba montou uma equipe para dar assistência psicológica aos parentes dos mortos.

Outra medida tomada pelo governo foi assumir os custos de hospedagem de 151 familiares das vítimas que foram para Havana. Muitos deles eram de Holguín, cidade que era o destino do voo.

As autoridades publicaram por volta das 17h locais (18h em Brasília) a lista completa de passageiros do voo DMJ-972.

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