Repercussão no Brasil

Mercados desabastecidos em SP

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A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informa que as paralisações já causam desabastecimento nos supermercados, em especial nos itens de frutas, legumes e verduras, que são perecíveis e de abastecimento diário. A entidade ressalta que também carnes e produtos industrializados, que levam proteínas no processo de fabricação, também estão com as entregas comprometidas pelos atrasos no reabastecimento. Em nota, a diretoria da Apas faz um apelo para que as negociações entre governo federal e caminhoneiros tenham resoluções imediatas para que a "população não sofra com a falta de produtos de necessidade básica".

 

Liminar contra bloqueio em rodovias
A concessionária AB Colinas, que administra 307 quilômetros de rodovias no interior paulista, conseguiu ontem (23) uma liminar impedindo o bloqueio das rodovias sob sua concessão. Em nota, a AB Colinas informa que "em relação às manifestações de movimentos dos caminhoneiros, respeita o direito democrático de manifestação popular ou de classes, mas entende que o direito de ir e vir e a segurança dos usuários de suas rodovias estão em primeiro lugar".


A liminar concedida pela juíza Andrea Leme Luchini, da 1ª Vara Cível de Itu, estipula uma multa de R$ 100 mil para cada caminhoneiro que descumprir a decisão e bloquear uma das seguintes rodovias: SP-075, SP-127, SP-280, SP-300 e a SP-102/300. O despacho solicita imediata notificação para as polícias Rodoviária Federal e Militar para cumprimento da decisão. As rodovias se concentram na região de Campinas, sudeste do Estado de São Paulo.


Em seu despacho, a juíza alega que "ocorre o contingenciamento de pessoas e o estacionamento irregular de veículos destinados a participar de protestos e manifestações na Rodovia Santos Dumont, SP-075, altura do quilômetro 36. Tal situação oferece risco não somente aos que participam do ato, atrelado à denominada Paralisação dos Caminhoneiros, de abrangência nacional, mas também aos usuários das rodovias, o que não se mostra aceitável". A juíza alega legitimidade do protesto, mas "que os manifestantes não impeçam os demais usuários do exercício regular da rodovia, decorrente do direito de ir e vir".

 

Sem combustível
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia, informou que, desde o início desta quarta-feira (23), os postos de abastecimento do estado não receberam nenhum tipo de combustível. "Os postos de combustíveis têm, em média, estoque para operar por dois ou três dias. Hoje (ontem) não recebemos combustível", afirmou Gouveia.
Ele disse acreditar em um desfecho rápido da paralisação dos caminhoneiros e que não espera uma corrida aos postos de combustível. "Torcemos para a paralisação não se prolongar e, por enquanto, não enxergamos uma corrida aos postos". Sobre a possibilidade de redução dos impostos que incidem sobre os combustíveis, especialmente o óleo diesel, Gouveia ressaltou que ainda não é possível ter ideia do impacto da medida para o consumidor final.

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