Os reflexos da greve dos caminhoneiros começam a chegar ao setor agrícola. A paralisação do abate de aves na unidade da JBS do município, bem como a falta de ração para aves em algumas propriedades já começa a preocupar. Produtores não receberam ração e animais que estão prontos para o abate não estão saindo das propriedades.
De acordo com o presidente da Avipenca, que reúne os criadores de aves em Passo Fundo e alguns municípios da região, Luiz de Jesus, a informação repassada pela fábrica é de que pelo menos 50% dos avicultores integrados à JBS tenham ficado sem receber o carregamento de ração para as aves. Além disso, animais que estão prontos para o abate estão permanecendo nas propriedades. “A situação vai se agravar bem mais”, estima ele, caso as condições permaneçam. Conforme orientação da empresa, os produtores estão diminuindo o fornecimento de alimento aos animais a fim de evitar que eles fiquem completamente sem comida. Até o momento não há registros de mortes de animais por falta de alimento.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias Alimentícias, Miguel dos Santos, destaca que os trabalhadores da JBS em Passo Fundo estão dispensados e devem se apresentar na segunda-feira. Diariamente, na unidade de Passo Fundo, são abatidos entre 160 mil a 180 mil aves.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Passo Fundo, Airton Ferreira dos Santos, até o momento os produtores de leite do município ainda não registraram prejuízos em função da greve dos caminhoneiros. Segundo ele, a Fetag tem apoiado o movimento e negociado para que veículos com cargas vivas, leite e outros produtos não fiquem parados nos bloqueios a fim de evitar prejuízos.
A Feira do Produtor que ocorre todos os sábados na Gare está mantida de acordo com informações da Emater Municipal de Passo Fundo.