A Alcateia de 16 Lobinhos acompanhados pelos seus chefes – integrantes do grupo de escoteiros Guaranis - puderam visualizar na prática, o processo pela qual a água passa desde a nascente até as estações de tratamento de água e esgoto. A atividade, denominada Caminho das Águas, é desenvolvida pelo Comitê Rio Passo Fundo, através de uma parceria com a Corsan e foi realizada no fim de semana passado.
Conhecer para preservar: este é o objetivo da atividade que apresentou ao grupo o caminho percorrido pela água para que possa chegar à torneira de casa. A proposta, que tem início com uma visita ao Berço das Águas – área que abriga uma grande quantidade de nascentes de quatro das 25 bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul e responsável pelo abastecimento de 60% do estado –, é instigar para o uso consciente e racional dos recursos hídricos e, ainda, proporcionar que se possa compreender o valor e tratamento da água. Por isso, depois de conhecer especialmente a nascente-mãe do Rio Passo Fundo, o Caminho das Águas levou os estudantes até a captação de água da Barragem da Fazenda da Brigada e, mais tarde, para a Estação de Tratamento de Água III, local onde a água passa pelos processos de floculação, decantação, filtração, desinfecção e, por fim, de fluoretação para, então, ser direcionada para as residências da cidade e, posteriormente, para a Estação de Tratamento de Efluentes Araucária, no Bairro Zácchia, onde os alunos conheceram os processos de tratamento de esgoto realizado através das três lagoas de estabilização.
Para a chefe da alcateia, Mari Stela Maritan, chamada pelo grupo de Akelá, a atividade tem a importância para que o grupo se conscientize mais uma vez, pois este trabalho já é realizado na escola e em casa juntamente com os pais. “O trabalho diferenciado realizado durante o percurso permite que as crianças visualizem de onde vem a água e para onde ela vai”, inicia. “É uma atividade que é importante para a vida dessas crianças, e principalmente no ramo Lobinho, com esta instrução, aliada a outros ensinamentos, o grupo consegue a insígnia mundial do meio ambiente a qual possui grande importância para a vida escoteira deles”, explica. O lobinho Lorenzo Quevedo Peralta, de 7 anos, afirmou que a atividade foi muito útil principalmente para aprender o porquê é muito importante cuidar da água. Ressaltou ainda, que muitas pessoas não cuidam da água e acabam jogando lixo no chão ou até mesmo no rio.
Para Claudir Luiz Alves, presidente do Comitê Rio Passo Fundo e responsável pela orientação da atividade, proporcionar que se conheça todo o caminho percorrido pela água, possibilita que se tenha maturidade para entender a necessidade de preservação. “Essa atividade foi pensada para mostrar às crianças, adolescentes e população em geral os fluxos da água na cidade e as interferências que ela sofre até estar purificada e pronta para ser consumida. Mostra, ainda, que as grandes fontes de contaminação dos recursos hídricos são o esgoto e os agrotóxicos e, a partir disso, o que podemos fazer para preservar a água através de pequenas atitudes que podem colaborar para que a poluição e degradação sejam minimizadas no Rio Passo Fundo”, conclui.