Passo Fundo registrou o segundo óbito e também o terceiro caso de gripe H1N1 em 2018. Uma mulher de 77 anos que não fez a vacina, estava internada no Hospital São Vicente de Paulo, sofria com comordidades e acabou morrendo no último domingo (21). O primeiro caso de morte pela Influenza foi registrodo no começo do mês e também se tratava de pessoa idosa, com comorbidades e não vacinada. O terceiro e novo caso de H1N1 foi confirmado na tarde de ontem (25). Trata-se de uma criança de apenas seis anos e que já estava há dois meses internada na CTI do HSVP para fazer uma cirurgia de retirada de tumor cerebral.
De acordo com o enfermeiro responsável pela Vigilância Epidemiológica, Gilberto Santetti, na região de atuação da 6ª Coordenadoria de Saúde, foram observados 140 casos. No entanto, somente Passo Fundo registrou óbitos por gripe H1N1. “Essas duas pessoas que morreram precisavam ser vacinadas e não foram. As pessoas que estão nos grupos de risco são mais suscetíveis a doença. Então precisam ser vacinadas”, explicou a coordenadora da Vigilância em Saúde do município, Marisa Zanatta. Todas as doses da vacina disponíveis na cidade já foram aplicadas. Já são mais de 74 mil pessoas dos grupos prioritários de Passo Fundo vacinadas. O objetivo era atingir 90% dos grupos e até o último levantamento, feito no dia 10 de julho, o índice chegou a 89%.
Além dos três casos já assinalados, outros 17 suspeitos estão sendo analisados. “As pessoas devem retomar e continuar com as medidas de prevenção. Usar o álcool gel, evitar tossir ou expirar sem proteção e também cuidar a ventilação do ambiente. Quando as pessoas pessoas apresentarem algum dos sintomas médicos, precisam procurar atendimento para serer avaliados e acabar evitando uma complicação. Principalmente as crianças e os idosos. As pessoas que possuem a saúde mais debilitada”, alertou Gilberto.
Emergência
O número de atendimentos envolvendo doenças respiratórias, falta de ar e sintomas gripais cresceu muito ao decorrer do ano. No Hospital São Vicente de Paulo foram realizados 485 atendimentos apenas no mês de janeiro. No fim do semestre o número já marcava 1.713 somente no mês de junho. Dos atendimentos realizados em 2018, 125 foram analisados como suspeita de H1N1, mas apenas três casos foram confirmados. “Se um paciente chega com febre, dificuldades respiratórias e pouco oxigênio no sangue, já fazemos atendimento de urgência. Se o paciente tem febre e dor no corpo, mas consegue realizar atividades, ele vai pra consulta e depois é liberado. Existe diferença entre o resfriado e a Influenza A, que começa com esses isntomas e vai piorando. O paciente vai ter dificuldades e já entra com uso de oxigênio, coletamos material e enviamos para o laboratório do Estado. Neste paciente, já é feito tratamento com antibióticos e antivriais”, contou a enfermeira gestora da emergência, Maristela Rodrigues, sobre o protocolo de atendimento.