População está convidada a visitar a maior exposição já feita sobre o Rio Passo Fundo. A Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF), a Universidade de Passo Fundo (UPF) e a Caixa Econômica Federal promoveram, na sexta-feira, 10 de agosto, no Portal das Linguagens da UPF, a abertura das exposições do Projeto Rio Passo Fundo: patrimônio paisagístico, natural, ambiental, histórico-cultural, econômico e político. O projeto foi um dos selecionados pelo Programa Caixa de Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro 2017-2018. As exposições estão abertas até dezembro.
As atividades iniciaram há um ano e meio e envolveram expedições, ações educativas, visitas às escolas, pesquisa e elaboração de conteúdo. As exposições apresentam o Rio como patrimônio paisagístico, natural, ambiental, histórico-cultural, econômico e político. Uma das coordenadoras do projeto, Flávia Biondo, que também coordena o Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar), fala da importância do papel dos museus em protagonizar projetos como esse. “Museus não devem ser só para guardar e cuidar de coleções e patrimônios. Os museus têm que instigar e tentar fazer a diferença. Pensamos em uma museologia diferente. Não temos o poder de fazer mudanças, mas a obrigação de fazer o ser humano refletir sobre as suas ações”, destacou Flávia.
O projeto foi um desafio para todos os envolvidos e abraçado pelas entidades promotoras, apoiadoras e parceiras. “Visitamos os municípios de abrangência da Bacia do Rio. Esse desafio só foi o início e temos um compromisso grande com esse patrimônio que é o Rio Passo Fundo”, ressaltou a também coordenadora do projeto, Tania Aimi, que também coordenada os museus de Artes Visuais Ruth Schneider e Histórico Regional (MAVRS e MHR). Ela enfatizou ainda a necessidade de uma mobilização para transformar o Rio Passo Fundo em patrimônio permanente do município.
O projeto, segundo a reitora da UPF, professora Dra. Bernadete Maria Dalmolin, representa a síntese da coletividade e do aprendizado contínuo, envolvendo desde a Instituição e entidades parceiras, até os professores e alunos. “Todos nós temos esta responsabilidade social com os nossos recursos. O Rio é sinônimo de desenvolvimento. As pessoas que moram ao redor dele podem desenvolver o lugar em que vivem e fazer com que essa grande Mãe Natureza se fortaleça. Parabéns a todos os envolvidos neste projeto com essa grandeza”, destacou.
Visitação
A comunidade pode visitar as exposições no Portal das Linguagens e no Muzar, ambos localizados no Campus I da UPF, durante os turnos manhã e tarde. O Portal não está aberto nas segundas-feiras. Neste fim de semana, dias 11 e 12 de agosto, as exposições também estarão abertas das 14h às 17h. Informações pelo telefone (54) 3316-8316.
Sobre as exposições
Patrimônio paisagístico, natural e ambiental
Para apresentar à comunidade o patrimônio paisagístico, natural e ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo, o Muzar propõe a interação dos visitantes com a exposição. Eles poderão conhecer a área geográfica da Bacia, a biodiversidade correspondente aos ecossistesmas que compõem a região e, ainda, as questões ambientais que envolvem a água – desde a identificação de áreas protegidas na Bacia até os problemas ambientais e sociais que a região apresenta. A fauna e flora ameaçada de extinção também são destacadas na exposição.
Patrimônio Histórico-cultural, econômico e político
A exposição do MHR – instalada no Portal das Linguagens – aborda as relações entre os homens, suas ocupações, ressignificações sociais e culturais, as construções identitárias e o espaço físico da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo ao longo dos séculos XIX, XX e XXI.
Arte que aborda a realidade
Além disso, o MAVRS vai apresentar três exposições – também instaladas no Portal das Linguagens – que, por meio do uso da arte, vão apresentar ao visitante o cenário do Rio Passo Fundo. “Só mais um”, “Sons do mundo” “Água (nossa) imagem líquida” e “Percurso poético do rio: terras, cores e nuances” abordam, por meio da visão artística de professores e acadêmicos do curso de Artes Visuais da FAC/UPF, da professora Ivana Rocha Tissot, da jornalista Fabiana Beltrami e da artista plástica Maria Lucina Bueno, a questão do lixo em meio ao rio e, ainda, a utilização das tintas naturais – encontradas na região – como alternativa de produção artística.