Desde o início de agosto acontece em todo o Brasil a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo. Com a cobertura vacinal abaixo da expectativa do Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Passo Fundo informa que o objetivo é vacinar indiscriminadamente contra poliomielite e sarampo as crianças de 1 a 4 anos 11 meses e 29 dias de idade.
No município, a população-alvo que deve receber a vacina é de 9.952 crianças na faixa prevista. A meta é vacinar 95% da população. “Todas as crianças nesta faixa etária devem procurar as salas de vacinas no município, independente de já terem feito a vacina em algum momento da vida”, ressaltou a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Raquel Schwaab Silva Carneiro.
É importante levar a carteira de vacinas e o cartão SUS (quando disponível). A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo encerra no dia 31 de agosto.
As doenças
A poliomielite e o sarampo são doenças de notificação compulsória e o país tem compromissos internacionais para erradicar e eliminar. A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, (por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores), ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A doença permanece endêmica em três países (Afeganistão, Nigéria e Paquistão), são considerados como fator de risco para o agravo, especialmente as baixa cobertura vacinal, bolsões de não vacinados e que mantêm viagens internacionais ou relações comerciais com estes países.
?O sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, principalmente em menores de um ano de idade. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após. Apesar dos esforços empreendidos desde o início do programa de eliminação da doença, nos últimos anos, casos de sarampo têm sido reportados em várias partes do mundo e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), muitos países permanecem endêmicos para o sarampo, principalmente aqueles com baixa cobertura vacinal e bolsões de não vacinados. Reforçando a necessidade da realização da campanha contra a poliomielite e contra o sarampo, a fim de captar crianças ainda não vacinadas ou que não obtiveram resposta imunológica satisfatória à vacinação, minimizando o risco de adoecimento dessas crianças e, consequentemente, reduzindo ou eliminando os bolsões de não vacinados.