Uma parceria entre os ministérios da Segurança Pública e da Educação deverá possibilitar a criação de uma escola de formação de especialistas em segurança pública. Inédito no Brasil, o estabelecimento deverá oferecer cursos de graduação, pós-graduação e doutorado.
“É uma necessidade que nós temos. Vários países mundo afora já contam com uma escola nacional para formar policiais, seguranças, técnicos e gestores em segurança, a partir de um currículo nacional”, disse o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, durante a assinatura, pelas duas pastas, de um protocolo de intenções para implementação de um projeto de ampliação do ensino forma em unidades prisionais de todo o país.
De acordo com Jungmann, a intenção é que a futura Escola Nacional de Segurança Pública e Inteligência seja de “classe mundial e eleve a produtividade, a competência e a capacidade" das polícias brasileiras.
O ministro da Educação, Rossieli Soares, informou que a proposta vem sendo discutida há meses. “É uma grande ,e estamos empolgados em poder apoiar o Ministério da Segurança Pública. Esperamos encontrar, nos próximos dias, uma solução técnica, o melhor modelo jurídico: se essa escola será uma autarquia, uma organização social, uma parceria temporária com alguma instituição já existente”, disse Soares, que pretende colocar a estrutura do Ministério da Educação à disposição da estruturação de uma rede acadêmica.
“Vamos articular toda a rede de universidades [públicas] para que possamos ter um consórcio de estabelecimentos de ensino que apoiem este tema. E o Ministério da Segurança Pública vai articular isso com as redes estaduais [de segurança pública]”, acrescentou Soares.
De acordo com o ministro da Educação, quando for tirada do papel e se tornar uma realidade, a escola nacional não só facilitará o acesso dos agentes públicos do setor ao conhecimento que é produzido nas universidades, como ampliará o alcance das experiências propostas e desenvolvidas pelas forças policiais de todo o país.
“Os grandes especialistas na área de segurança pública estão dentro do próprio sistema de segurança. Poderemos combinar algumas coisas que já temos nas nossas universidades, mas sempre levando em conta que cada polícia, em cada um dos estados, conta com grandes profissionais que podem dar sua contribuição”, acrescentou o ministro.