O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem a primeira estimativa para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2019. Segundo o prognóstico, a safra deverá ser 0,2% menor que a 2018, que deve ter uma queda de 5,6% em relação a 2017. Em números absolutos, espera-se que a produção em 2019 chegue a 226,7 milhões de toneladas, abaixo das 227,2 milhões de toneladas previstas para 2018. Segundo o IBGE, o recuo de 0,2% de 2018 para o ano que vem será puxado por quedas em quatro regiões: regiões Norte (-0,3%), Nordeste (-8,8%), Sudeste (-1,9%) e Centro-Oeste (-1,4%). Apenas a região Sul deverá ter alta: 4,1%. Quatro das seis principais lavouras de grãos deverão ter recuo de produção no ano que vem: trigo (-12,5%), algodão herbáceo em caroço (-2,8%), arroz em casca (-4,2%) e soja em grão (-1%). São esperadas altas de 0,3% na safra do feijão e de 2,6% no milho em grão.
Safra de 2018
A safra de 2018 ainda não foi fechada e, assim, o IBGE tem apenas uma estimativa do que será a produção deste ano, com base no que já foi colhido nos dez primeiros meses do ano e no que se espera para novembro e dezembro. Segundo a estimativa de safra de 2018, feita em outubro, o ano fechará com queda de 5,6% em relação a 2017. Dos seis principais produtos, deverão ter alta a soja (2,4%), algodão (28,4%) e o trigo (37%). São esperadas quedas de 17,9% para o milho, de 5,6% para o arroz e de 9,6% para o feijão.
Capacidade de armazenamento cresce 1,2%
O total da capacidade de armazenamento de produtos agrícolas disponível no Brasil cresceu 1,2% do segundo semestre de 2017 para o primeiro semestre de 2018. Com isso, os silos e armazéns fecharam o semestre com capacidade para guardar 169 milhões de toneladas. Entre os pontos de estocagem, os silos são o principal tipo, com capacidade de armazenar 81,1 milhões, seguidos pelos armazéns graneleiros (63,6 milhões) e armazéns convencionais (24,3 milhões).
De acordo com o IBGE, o estoque de produtos agrícolas chegou a 58,3 milhões de toneladas no primeiro semestre deste ano, 400 mil toneladas a menos do que no mesmo período do ano passado. Os alimentos com maior volume estocado foram: soja (37 milhões de toneladas), seguido pelo milho (10,7 milhões), arroz (4,9 milhões), trigo (2 milhões) e café (762 mil toneladas).