Professores dão dicas para o segundo dia de prova do Enem

O estudo, no entanto, não pode ajudar a aumentar a ansiedade

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Candidatos aguardam abertura do portões do UniCEUB em Brasília, para o primeiro dia de provas do Enem 2018Candidatos aguardam abertura do portões do UniCEUB em Brasília, para o primeiro dia de provas do Enem 2018
Candidatos aguardam abertura do portões do UniCEUB em Brasília, para o primeiro dia de provas do Enem 2018
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Neste domingo (4), estudantes de todo o país farão as provas de ciências da natureza e matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo os professores, é importante não desistir, mesmo que não tenha ido muito bem no primeiro dia de prova.

 

“Não dá para abrir mão do segundo dia de prova de jeito nenhum”, disse a coordenadora pedagógica de ensino médio do Colégio Renascença, de São Paulo, Glaucimara Baraldi.  “Não dá para considerar que o jogo terminou sem ter terminado de verdade. Não dá para prever qual o tamanho da chance [de ser aprovado em uma faculdade], por mais que não tenha ido bem no primeiro dia”. 

 

Glaucimara orienta os estudantes a, no dia da prova, começarem pelas questões que têm mais facilidade, assim, sobrará mais tempo para as questões mais difíceis. Chutar, só em último caso. “Não deixe questões em branco. Em último caso, chutar, mas chutar usando algumas estratégias. Não é colocando tudo na B, por exemplo. É ler com atenção e descartar as alternativas mais absurdas”, aconselha. 

 

Segundo a coordenadora, mesmo o segundo dia de exame exige interpretação. “Prestar bastante atenção pois o próprio enunciado da questão pode conter coisas para a resposta e até mesmo as próprias alternativas”. 

 

Ainda dá para estudar 

Mesmo a pouco mais de 24h para o exame, o professor de matemática do Anglo Vestibulares, também de São Paulo, Thiago Dutra, diz que ainda dá tempo de estudar, com tranquilidade. “Sempre nessa reta final, a gente fala para os alunos darem olhada nos assuntos que apareceram nos últimos anos do Enem. Razão e proporção é disparado o que mais cai em matemática no Enem”, diz. 

 

O estudo, no entanto, não pode ajudar a aumentar a ansiedade. Segundo Dutra, não é necessário resolver todas as questões. “Às vezes, só de olharem as resoluções das questões, que estão disponíveis na internet, já ajuda a associar ideias. O estudante consegue perceber padrão de raciocínio e esses padrões são prováveis de aparecerem na prova neste final de semana”.

 

Dutra aconselha os estudantes a relerem inclusive a primeira etapa do Enem, aplicada no último final de semana, quando os estudantes fizeram provas de linguagem, ciências humanas e redação. “Contextos criados nas questões de humanas podem ser aproveitados nas provas de exatas. O próprio tema da redação pode voltar a aparecer na prova de matemática”. O tema da redação deste ano foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.

 

Correção da prova 

A correção do Enem é feita usando a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item.

 

Dessa forma, um item em que grande número dos candidatos acertou a resposta será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar uma questão com alto índice de erros ganhará mais pontos por aquele item. 

 

O sistema de correção permite ainda detectar chutes, uma vez que cada item não tem uma pontuação fixa. Explicando de forma simplificada, se um candidato acertou apenas questões fáceis e uma difícil, ele ganhará menos pontos pela questão difícil do que outro candidato que acertou mais questões de maior dificuldade. 

 

Enem 2018 

No último domingo, 4,1 milhões de estudantes fizeram o exame, registrando-se o menor percentual de faltosos desde 2009 - 24,9% do total de 5,5 milhões de inscritos. Foram aplicadas provas de linguagem, ciências humanas e redação.  

 

A nota do exame poderá ser usada para concorrer a vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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