O Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN) participou, neste domingo, 25 de novembro, da campanha nacional de combate ao câncer “Troque o medo por esperança”, promovida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Em Passo Fundo, as ações foram realizadas no Parque da Gare, durante à tarde.
A equipe do CTCAN é uma das entidades parceiras e forneceu orientações de prevenção e atividades lúdicas com o grupo Desenhando Sorrisos, que levou a Liga de Heróis e pintura de rostos para divertir as crianças. Além do CTCAN, o evento contou com o apoio de outras entidades como Gatelli Cirurgia Oncológica e Hospital de Clínicas de Passo Fundo (HCPF).
Dia Nacional de Combate ao Câncer
O dia 27de novembro é marcado como o Dia Nacional de Combate ao Câncer. A doença é a segunda causa de morte no Brasil, sendo mais que 200 mil mortes por câncer por ano (DataSUS). No Rio Grande do Sul, essa doença mata mais de 18 mil gaúchos anualmente. Em Passo Fundo, são cerca de 300.
De acordo com a última estimativa divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil registra quase 600 mil novos casos da doença a cada ano. Entre os homens, são cerca de 300 mil novos casos, e entre as mulheres, mais de 280 mil. O tipo de câncer mais incidente em ambos os sexos é o de pele não melanoma (170 mil a cada ano). Os cânceres mais frequentes, depois do câncer de pele não melanoma, são os de próstata (68 mil) em homens e mama (60 mil) em mulheres.
Crianças e adolescentes
O câncer é a segunda causa de morte entre crianças e adolescentes de um a 19 anos no país, atrás apenas das mortes por acidente. Entre as doenças, é a que mais mata nesta faixa etária. Para 2019, são esperados mais 12,5 mil novos casos. A boa notícia, entretanto, é que, em crianças, o potencial de cura é ainda mais alto do que nos adultos, devido ao tipo de células que atingem.
As chances de cura são de 80%. A chefe da pediatria do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Sima Ferman, destaca a importância do diagnóstico precoce. “Os tipos mais comuns que ocorrem em crianças são as leucemias, os tumores de sistema nervoso central e os linfomas. Mas também há outros tumores que são muito característicos que ocorrem em crianças. Todos eles são relativamente raros, se for comparar com os que acontecem nos adultos. Mas eles assumem uma importância muito grande porque são altamente curáveis e, quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, eu vou poder curar essas crianças com menos tratamento”, disse.
Sima explica que as dificuldades para o diagnóstico são maiores em crianças do que em adultos pelos sintomas muito parecidos com doenças comuns. No entanto, a garantia de mais recursos, mais profissionais e estruturação do Sistema Único de Saúde (SUS), onde a maior parte das crianças é tratada, poderia garantir mais sucesso.
“O que temos que pensar é que câncer na criança é um problema de saúde pública. Há necessidade realmente de um grande investimento. É necessário ter centros especializados na atenção à criança em todo o Brasil e mais próximos aos locais onde as crianças vivem”, afirma a médica.
Diferente dos adultos, nos quais muitas vezes o câncer está associado também a hábitos de vida, nas crianças é mais difícil falar em prevenção, pois não há uma relação estabelecida entre causa e efeito. O Inca reforça que a melhor forma de controle é o diagnóstico precoce a partir de um acompanhamento médico regular.
Mobilização nacional de combate ao câncer traz a Liga dos Heróis a Passo Fundo
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