Frente fria volta a intensificar chuvas

Sensação de abafamento e pancadas isoladas de chuva permanecem até o domingo

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Chuvas permanecem castigando várias localidades do RSChuvas permanecem castigando várias localidades do RS
Chuvas permanecem castigando várias localidades do RS
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A semana deve seguir com tempo instável e com pancadas de chuva típicas do verão em praticamente todos os dias, principalmente durante à tarde e à noite. Em ponto isolados da cidade é possível que a chuva ganhe força. Na previsão estendida, a chuva permanece pelo menos até o próximo final de semana. As temperaturas também se mantém instáveis, até pelo menos a próxima sexta-feira (18). Durante a semana, a mínima permanece entre 18ºC e 20ºC, e a máxima entre 29ºC podendo chegar a 31ºC.

 

Entretanto, por mais que não se tenha muita diferença entre as temperaturas mínimas e máximas, não significa que não serão dias de intenso calor. Mesmo com as chuvas os dias devem permanecer, desde a parte da manhã, abafados. Nesta terça-feira (15), as temperaturas ficam entre 22ºC e 29ºC. Na quarta-feira (16) e na quinta-feira (17), a temperatura varia de 23ºC a 28ºC. Na sexta-feira (18) e no sábado (19), mínima de 20ºC e máxima de 27ºC. Apenas no domingo que as temperaturas devem ficar mais amenas, mas ainda com possibilidade de chuva. A mínima deve ser em torno de 17ºC não ultrapassando os 26ºC.

 

Da média de 150mm de chuva previstos para o mês de janeiro, já foi registrado até a tarde de ontem (14), 69mm. Pelas chuvas serem em pontos isolados da cidade, a média não deve ser ultrapassada. “Ainda é cedo para saber se a média será alcançada. Nessa segunda choveu mais forte em diferentes bairros e só alguns pingos em outros. A chuva continua sendo mal distribuída, sempre de forma isolada, e não deve mudar do que foi a semana passada”, explica o observador meteorológico da Embrapa Trigo, Ivegdonei Sampaio. No mês de janeiro do ano passado, foi registrado 205mm de chuva.

 

No prognóstico de novembro do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), já se alertava que o final da primavera e o verão 2018/2019 seria com a atuação do El Niño, em nível fraco. O fenômeno é responsável por gerar o excesso de chuva, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do país, além da intensificação das temperaturas. “Há uma frente fria estacionada, principalmente na parte Sul do país. Isso provoca uma maior formação de nuvens e chuvas que deverão permanecer por um período longo”, ressalta Sampaio. A previsão para o norte do Estado é de que as chuvas fiquem de dentro a um pouco acima da média.


Estado
O boletim meteorológico divulgado nesta segunda-feira (14), pela Sala de Situação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, destaca que a umidade que vem do Norte e um sistema de baixa pressão entre Argentina e Paraguai somado a instabilidades que predominam em diversos níveis da atmosfera, mantém as condições para pancadas de chuva com trovoadas entre o período da tarde e da noite desta segunda no Rio Grande do Sul. Podem ocorrer pancadas e ventos mais expressivos.

 

Segundo os especialistas, as pancadas de chuva com trovoadas ganham intensidade nesta terça-feira (15). Uma frente fria começa a se formar no fim do dia entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul e intensifica a chuva com condição para temporais que podem ocorrer entre a noite e a próxima madrugada. As temperaturas seguem elevadas.

 

Na quarta-feira (16), a frente fria mantém as pancadas de chuva de moderada a forte intensidade, com risco para acumulados elevados nas áreas de fronteira. Os temporais podem ocorrer também nas demais regiões, mas de forma mais localizada. A tendência para os próximos dias segue de chuva no estado. Somente na última semana de janeiro é que as instabilidades perdem força e o tempo tende a ficar mais firme.
Cidades da fronteira oeste do Rio Grande do Sul ainda enfrentam um quadro de inundações e alagamento, resultado de temporais que chegaram a acumular 200 milímetros em 24 horas na semana passada. O município de Alegrete teve que decretar situação de emergência, de acordo com o prefeito Márcio Fonseca do Amaral. Municípios vizinhos como Santana do Livramento, Uruguaiana, São Borja e São Gabriel também foram fortemente afetados.

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