A segunda semana de janeiro foi marcada pela chuva forte sobre o Rio Grande do Sul. Na Fronteira Oeste, o acumulado chegou aos 250 milímetros (mm) gerando inundações e enxurradas. Na Campanha, Zona Sul e Região Central, o acumulado variou entre 150mm e 200mm, enquanto que áreas das Planícies Costeiras Interna e Externa receberam algo entre 70mm e 90mm. Todos os valores foram bem acima da média para época do ano.
Segundo a Defesa Civil do Estado também subiu o número de municípios atingidos por ventos e temporais nos últimos dias. Agora são 25 localidades afetadas de alguma maneira no estado - 18 com situação de emergência decretada e sete com decreto de Situação de Emergência homologado. As cidades mais afetadas foram Alegrete, Caçapava do Sul, Manoel Viana, Quarai e Rosário do Sul. Mais de 10 mil pessoas foram prejudicadas pelas chuvas e ocorreram quatro óbitos no total, sendo que dois não tiveram causa direta aos eventos climáticos.
Em Quaraí, por exemplo, a média histórica para todo o mês de janeiro é de 100mm. Choveu mais de duas vezes a média histórica em apenas dez dias. Para esta semana, o tempo mais seco e ensolarado finalmente retorna ao estado. A chuva será bem mais fraca e isolada acontecendo, sobretudo em áreas da Fronteira Oeste e Planície Costeira Externa.
Como ajudar as vítimas
Os temporais provocaram a retirada de milhares de pessoas de casa, além de terem causado estragos em plantações e afetado diversos serviços básicos, como o abastecimento de água e o fornecimento de energia elétrica.O governo do Estado, através da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, junto com as prefeituras dos municípios atingidos, está mobilizado para arrecadar doações e ajudar quem está sem moradia temporariamente.
Os quartéis do Corpo de Bombeiros estão recebendo mantimentos para encaminhar aos desabrigados. Basta se dirigir à sede mais próxima e informar que a doação é para a situação de emergência da Fronteira Oeste. Em caso de dúvidas, o contato pode ser feito diretamente nos telefones dos quartéis.Os desabrigados e desalojados do interior do RS precisam principalmente de água mineral, alimentos não perecíveis, material de higiene e limpeza, fraldas descartáveis (infantil e geriátrica), roupas e calçados em boas condições, colchões e cobertores (lençol, travesseiro, etc).