Campanha da Fraternidade 2019 elege políticas públicas como tema

Campanha teve início nessa Quarta-Feira de Cinzas (06)

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“Fraternidade e Políticas Públicas” é o tema escolhido para a Campanha da Fraternidade de 2019. Realizada todos os anos pela Igreja Católica no Brasil durante o período da Quaresma, a campanha é coordenada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e tem como principal objetivo despertar a solidariedade de todos os seus fiéis e também da sociedade brasileira. Neste ano, além do tema escolhido, o lema – “Serás libertado pelo direito e pela Justiça” (Is 1, 27) – é um convite para a construção coletiva do bem comum. Na Arquidiocese de Passo Fundo, a Campanha foi apresentada na manhã desta Quarta-Feira de Cinzas, 06, pelo arcebispo metropolitano Dom Rodolfo Luís Weber, pelo Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, padre Ivanir Rampor, e pelo representante da Cáritas no Conselho do Fundo de Solidariedade, Luiz Costella.

 

Foco no bem comum
Com o objetivo de despertar a consciência e incentivar a participação de todo cidadão na construção de Políticas Públicas em âmbito nacional, estadual e municipal, a Campanha da Fraternidade deste ano busca, ainda, conhecer como são formuladas e aplicadas as Políticas Públicas estabelecidas, exigir ética na formulação e concretização das mesmas e, além disso, propor ações que assegurem os direitos sociais aos mais frágeis e vulneráveis.

 

Em sua fala, dom Rodolfo destacou que a Campanha, de uma forma geral, está em sintonia com a própria Constituição Brasileira e, assim, busca reafirmar os direitos e deveres de cada cidadão e, dessa forma, reforçar a exigência da construção do bem comum. “A Campanha da Fraternidade apresenta os desafios da sociedade. A mudança está, não apenas na constatação de um problema, mas também na proposição de soluções. Políticas Públicas é um tema bastante amplo e que mexe com todos nós, com a estrutura da sociedade”, iniciou. “Estamos falando não apenas do que a Igreja trata, mas daquilo que a própria Constituição traz: os direitos fundamentais que todo brasileiro tem. O foco da Campanha é apontar para a Constituição – não para uma instituição, um partido ou um projeto de governo”, complementa.



O arcebispo concluiu colocando a importância da promoção da vida para a Igreja. “A Campanha da Fraternidade aborda a missão que o cristão tem de transformar todas as situações de morte em situações de vida. Quaresma é um estímulo para a promoção da vida e a Campanha tem, como objetivo final, pensar no bem comum, focar em toda uma sociedade. Gestos isolados de bondade não perdem seu valor, mas é preciso criar estruturas de fraternidade, ou seja, políticas públicas que colocam em prática os direitos fundamentais propostos pela Constituição”, conclui.

 

Prática e solidariedade

Na Arquidiocese, a temática da Campanha da Fraternidade já está sendo trabalhada através de Seminários de Aprofundamento – preparados por uma equipe de padres, diáconos e leigos e que envolvem as nove áreas pastorais que congregam os 47 municípios e 53 paróquias da Arquidiocese – e, também, de um material de formação que foi distribuído nas paróquias e será abordado na Catequese e nas escolas.


Também, além de motivar reflexões e formações, a Campanha da Fraternidade gera, ainda, gestos concretos de envolvimento: na Arquidiocese, o Fundo de Solidariedade, que é constituído a partir de parte do recurso arrecadado nas paróquias durante a coleta motivada pela Campanha da Fraternidade, surgiu no ano 2000 e, desde então, apoiou 229 projetos nas áreas de educação e formação, geração de renda e economia popular solidária, saúde alternativa e preventiva, resgate da dignidade humana, população em situação de exclusão, agroecologia, migrações, meio ambiente, reciclagem e outras áreas e projetos que abordam a temática da Campanha ou promovem o crescimento e desenvolvimento das comunidades.


Por fim, além dos projetos apoiados, o Fundo propõe, ainda, a realização do chamado Gesto Concreto – ações de solidariedade que, inspiradas pela Campanha da Fraternidade, são desenvolvidas em cada área pastoral, a partir da análise da realidade das diferentes regiões da Arquidiocese.

 

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