?EURoeJamais imaginei ter um parto dessa maneira?EUR?

Gláucia Lisane Gazzola Rocha deu à luz a Arthur, no pedágio de Coxilha, na madrugada de quarta-feira (24)

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O menino nasceu com 3,140kg no banco traseiro do carro da famíliaO menino nasceu com 3,140kg no banco traseiro do carro da família
O menino nasceu com 3,140kg no banco traseiro do carro da família
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O relógio marcava 2h40min quando a estoquista Gláucia Lisane Gazzola Rocha sentiu, ainda em casa, na cidade de Coxilha, a primeira contração. Grávida de 38 semanas e 5 dias, ela decidiu que poderia esperar as dores acalmarem antes de ir em definitivo ao hospital. As contrações cada vez mais fortes, porém, fizeram com que ela ligasse para a sogra e o cunhado instantes depois de tomada a decisão, na madrugada de quarta-feira (24), para ser levada ao Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), em Passo Fundo.


“Logo que saímos de casa, eu percebi que a bolsa tinha rompido e disse 'vai nascer'”, lembra. Em deslocamento pela ERS-135, os três pararam no pedágio administrado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), ainda na cidade natal, para buscar auxílio em uma ambulância da companhia. Às 3h43min, o pequeno Arthur Gabriel Gazzola Rocha nasceu no banco traseiro do carro, onde Gláucia permaneceu deitada durante o trajeto. Pelas mãos do enfermeiro Everton Figueiredo Jardim, o bebê veio ao mundo com 45cm e pesando 3,140kg. “Sempre planejamos o nascimento dele de parto normal”, revela Gláucia.

 

O marido dela, que é caminhoneiro, não estava presente no momento do nascimento e, de acordo com ela, conhecerá o filho em dois dias. “Quando contamos, foi um susto e, na hora do parto, me deu muito medo. Mas, graças a Deus, ele nasceu saudável”, conta agora, mais aliviada.

 

“Vai nascer, vai nascer! Parto!”

Plantonista naquela madrugada, o enfermeiro Everton Figueiredo Jardim, aos 38 anos, 12 dos quais dedicados à Enfermagem, nunca havia realizado um parto “na rua”, como ele mesmo afirma. Por telefone, ele narra com certa alegria o momento em que foi acionado para o atendimento de emergência. “Eu ouvi gritos altos e, no início, pensei que um acidente grave havia acontecido quando alguém bateu na porta dizendo 'vai nascer, vai nascer! Parto!'”, relata. Com o kit parto, ele auxiliou Gláucia a dar à luz e tratou de acalmar a mãe e a avó de Arthur até o choro inicial do bebê. “Fiz as manobras para facilitar o nascimento e, logo que ele nasceu, o enrolei em uma manta térmica e o colocamos na ambulância para trazê-lo ao hospital”, descreve.

 

Já no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Gláucia observa o segundo filho que repousa no berço ao lado da cama, envolto por uma manta azul e um paninho de boca decorado com ursinhos. Mãe de uma menina de 6 anos, ela afirma ter tido uma gravidez normal e sinaliza a ansiedade sentida pela expectativa da chegada do caçula. “Eu até tinha comentado que ele estava preguiçoso demais, não queria nascer. A gente imagina o parto de muitas maneiras, mas dessa eu jamais pensei ter em minha vida”, confessa.

 

Com o pequeno Arthur nos braços, ela e a sogra relatam guardar todos os arquivos divulgados pela mídia como memória para mostrar quando o filho estiver maior. De acordo com elas, o bebê até ganhou um apelido, já nos primeiros instantes de vida. “Ele já é chamado de 'bebê popstar do pedágio'”, divertem-se.

 

Segundo o enfermeiro Everton Figueiredo Jardim, o bebê de Gláucia é o terceiro a nascer no pedágio de Coxilha. “Antes do Arthur, teve mais um parto realizado aqui, no mês passado e outro há anos atrás”, tenta recordar-se.

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