O mês de julho se despede do Rio Grande do Sul em um clima típico para o período. Nada de devolver os casacos para o guarda-roupa – a chegada de uma nova frente frianesta segunda-feiracausa a queda acentuada nas temperaturas em todo o território gaúcho. Em Passo Fundo, este fim de semana deverá ser marcado por mínimas negativas. A previsão indica ainda possibilidade de neve em alguns pontos do Estado, especialmente na região Serrana. NoNorte gaúcho, embora alguns institutos tenham apontado a mesma possibilidade, o observador meteorológico da Embrapa Trigo/Inmet, Ivegndonei Sampaio, garante que as chances de ocorrência do fenômeno são baixas.
Ainda de acordo com Sampaio, a queda nos termômetros passo-fundenses deve acontecer de maneira gradativa ao longo da semana, alternando com períodos de melhoria. Nesta terça-feira (30), de céu nublado a encoberto, as temperaturas giram em torno de 11°C e 16°C e há possibilidade de chuvas fracas e passageiras, semelhantes ao observado na segunda-feira. Por outro lado, na quarta, a frente fria se afasta ligeiramente do Estadoe leva com ela a instabilidade, deixando um dia de céu claro e temperaturas mais amenas. O cenário de bom tempo, porém, não se estende. Na quinta-feira, as chuvas podem retornar ao município e a máxima não passa dos 16°C. “A queda de temperatura mais acentuada está prevista para a noite de quinta. Por causa disso, na sexta, o dia já amanhece com mínima bem inferior ao que vinha sendo registrado: somente 2°C. Há chance de precipitação, mas em um índice baixo”, aponta o observador meteorológico. Até a manhã desta segunda-feira, o acumulado de chuva do mês era de 110mm. “A média histórica é de 162mm, mas muito provavelmente fecharemos o mês abaixo dessa média, assim como aconteceu no mesmo período do ano passado”.
Já no fim de semana, a tendência é de temperaturas cada vez mais baixas. Conforme a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia, em Passo Fundo as mínimas podem ficar abaixo de zero. “Será a segunda onda de frio intenso do ano. A primeira onda também foi registrada em julho, quando tivemos alguns dias de mínimas negativas”, cita. A boa notícia para quem não é fã das baixas temperaturas, segundo Sampaio, é que a partir da próxima terça-feira o frio e a chuva começam a se afastar do Estado e as temperaturas entram mais uma vez em elevação.
Chuvas
Pelo menos 370 pessoas precisaram sair de casa em razão da elevação do nível de rios e deslizamentos de terra no Rio Grande do Sul, durante o último fim de semana. São Gabriel, Dom Pedrito e Alegrete foram os municípios mais atingidos. A Defesa Civil estadual enviou a ajuda humanitária para São Gabriel na tarde de sábado (27/7). Colchões, cobertores, alimentos e papel higiênico, entre outros itens, foram doados às famílias atingidas pela cheia do rio Vacacaí. O prefeito do município, Rossano Dotto Gonçalves, assinou decreto de emergência em função das fortes chuvas da semana passada. Em Santa Cruz do Sul, o rio Pardinho apresentou rápido declínio, contudo a onda de cheia se deslocou para o rio Pardo e Jacuí. No bairro Margarida, um deslizamento de terras em uma encosta, danificou duas residências. Não há feridos e as duas famílias foram removidas do local pela prefeitura. Nesta segunda-feira (29/7), oito pessoas ainda estão desalojadas em Santa Cruz do Sul.
Em Cachoeira do Sul, o rio Jacuí está 4,30 metros acima do nível normal, em elevação, subindo um centímetro por hora. A Defesa Civil do Estado está com uma equipe mobilizada monitorando a situação. Uma família está desabrigada e outra desalojada. Ao todo, sete pessoas estão fora de casa.