O Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS) realiza, na manhã desta quarta-feira (25), o primeiro leilão de sucatas para reciclagem e de veículos aptos a voltar à circulação, no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF).
Os 897 itens retidos administrativamente, e não reclamados pelos proprietários, que estavam alocados em depósitos nas cidades de Passo Fundo, Carazinho, Casca, Ciriaco, Marau e Tapejara podem ser arrematados por pessoas físicas e jurídicas, como explica o socio-proprietário de um desses depósitos em que os veículos de rodagem estiveram abertos à visitação entre segunda (23) e terça-feira (24), Daniel de Paula. "São todos veículos que ficaram mais de 60 dias no pátio. Os que possuem restrições ou não apresentam condições para circular, são leiloados como sucata. Já os veículos com documento foram inspecionados pelo Detran e considerados aptos. A grande maioria são motos", mencionou.
Historicamente, como citou de Paula, cerca de 5% dos veículos colocados à leilão estavam com a documentação legal. "Esse, porém, é atípico porque teremos bastante com documento. Consideramos mais de 30", disse.
Quem pode comprar
Dos 37 lotes individuais de veículos documentados e 130 lotes de motocicletas, pessoas físicas interessadas podem realizar o cadastro de inscrição para a participação do leilão no local do evento "mediante a apresentação de documento com foto", como lembrou de Paula. "Já as sucatas poderão ser arrematadas apenas pelos Centros de Desmanches Veiculares [CDV] porque é necessário ter CNPJ e ser credenciado ao Detran", esclarece. "A regra foi modificada porque, antigamente, a pessoa comprava essas sucatas e, ao invés de desmanchar, elas voltavam a circular nas ruas", exemplifica.
Os valores estipulados para os lances mínimos, nesse leilão, são inferiores aos encontrados em concessionárias habilitadas para revendas de automóveis, que adotam as cifras da Tabela Fipe. "O lote número 1, por exemplo, um Ford Courier 2005, apto a rodar, tem lance inicial de R$ 4 mil. É cerca de 25 a 30% mais barato", considera.