Após o recebimento de novas denúncias sobre antigo depósito irregular de resíduos, localizado na área industrial, o Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (GESP) pretende protocolar, hoje pela manhã (9) relatório sobre as condições do local. O documento será entregue ao Ministério Público Estadual e a Secretaria do Meio Ambiente.
Quem passa pela área industrial de Passo Fundo, na estrada municipal em continuidade com a Rua Manoel Portela, se defronta, de maneira inesperada, com o depósito de resíduos, de aproximadamente 100 metros de extensão frontal por 25 metros de largura, com pontos entre 2m e 2,5m de altura.
O agora novo, mas já conhecido lixão, é o destino dos mais variados materiais: madeiras, placas metálica, argamassa, tijolos, restos de jardinagem, terra, fios elétricos, sofás, televisores, garrafas plásticas, eletro-eletrônicos, papeis, papelões, vidros, pneus, armários, roupas, galhos e troncos de árvores, alimentos perecíveis, alguns animais mortos, peças e carcaças de automóveis, entre outros.
Conforme explica o integrante do GESP, Paulo Fernando Cornelio o Grupo realizou levantamento fotográfico da área, com o objetivo de acrescentar informações fidedignas ao relatório. “Encontramos um cão morto no depósito irregular, o que ocasiona um odor forte, bem como marcas de fogo em partes do terreno, em virtude da queima de objetos”.
O integrante do GESP conta ainda que o local foi denunciado pela entidade, em abril do ano passado para as autoridades de Passo Fundo. “Após a denúncia do lixão, a Prefeitura Municipal realizou limpeza no local, notificou o proprietário e foi colocado caçambas de entulho para que a população colocasse os resíduos de forma adequada. Porém, a iniciativa não teve êxito, recebemos novas denúncias, e se formos comparar com 2018, atualmente, o acúmulo de resídios é muito maior”.
Nos últimos meses, o Grupo tem recebido semanalmente entre 2 a 3 denúncias. “As denúncias sobre depósitos irregulares, de grande porte e pequeno porte, especialmente em terrenos baldios têm se intensificado e estão recorrentes”, elenca Cornelio.
As consequências futuras do acúmulo de resíduos para a saúde ambiental e para a saúde pública, preocupam o Grupo. “O local é propício para formação de vetores como ratos e insetos, no mesmo sentido os resíduos contaminam o lençol freático da micro bacia hidrográfica do Rio Passo Fundo, uma vez que existe um riacho e um pequeno bosque nos fundos do local”, entende Paulo Fernando.