A Comissão de Cidadania, Cultura e Direitos Humanos (CCCDH) recebeu na reunião semanal, na manhã de ontem, (9), representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Compede). A pauta principal era acessibilidade no município e a falta de recursos para a manutenção dos trabalhos das entidades. Mas a ausência de um intérprete de libras, que proporcionaria o entendimento dos participantes com deficiência auditiva, mudou o rumo das discussões.
O presidente da comissão, vereador Saul Spinelli (PSB), conforme reivindicação do Compede, entendeu que não era possível discutir acessibilidade já que alguns participantes ficariam excluídos. O parlamentar sugeriu que as reuniões das comissões do Legislativo passem a contar com um intérprete de libras, a língua brasileira de sinais.
“Vamos consultar a Procuradoria Jurídica da Casa para o melhor encaminhamento da contratação deste profissional, e podemos ir além, discutir também a capacitação de servidores do Legislativo que tenham interesse em contribuir para uma maior acessibilidade”, afirmou Saul.
O presidente do Compede, Fábio Flores, reconheceu o trabalho que a Câmara vem realizando para garantir o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida como espaços especiais para cadeira de rodas nos plenários, banheiros adaptados e piso tátil. “Mas precisamos do apoio do Legislativo para cobrar e melhorar a acessibilidade a outros prédios públicos e o livre trânsito pelas ruas da nossa cidade” - completou o presidente da Apace.