A Justiça do Trabalho arrecadou mais R$ 1,3 milhão com a venda de mais nove imóveis da Semeato. O arremate foi realizado em setembro, mas a homologação saiu nesta semana, em despacho do juiz substituto da 3ª Vara do Trabalho de Passo Fundo, Evandro Luis Urnau. A partir de agora, o processo vai para a contadora que deve atualizar o número de trabalhadores e refazer os cálculos para o rateio. O prazo para essa apuração vai até 20 de novembro, conforme determinação do magistrado.
Até a metade do ano, o levantamento apontava para mais de 700 reclamantes em fase de execução contra a empresa. Os processos passaram a ser encaminhados e concentrados à 3ª Vara a partir de um acordo feito entre os magistrados, em decorrência do volume de ações.
Tentativa de acordo
No início do ano, após a venda judicial de diversos imóveis, totalizando em torno de R$ 9 milhões, a empresa pediu prazo para apresentação de proposta de pagamento parcelado das dívidas. Uma audiência chegou a ser realizada em março. À ocasião, os procuradores negaram a proposta da Semeato e foi criada uma comissão de advogados, para discutir uma possível contraproposta.
Uma nova proposta de pagamento foi montada por esta comissão, mas a empresa acabou não aceitando. Diante disso, o juiz titular da 3ª Vara do Trabalho de Passo Fundo chamou a comissão e os advogados da empresa para tentar chegar a um denominador comum. Como a reunião não teve grandes avanços, a Justiça do Trabalho deu seguimento à execução do processo com a venda, por meio de leilão, de imóveis da empresa. Deste modo, à medida que o dinheiro ingressa, vai sendo dividido entre os trabalhadores.
Venda dos imóveis
Em setembro de 2018, a Justiça promoveu o leilão do primeiro lote, com 19 imóveis da empresa. Com a venda dos bens foi arrecadado R$ 2,5 milhões. Em outubro, a 3ª Vara da Justiça do Trabalho de Passo Fundo autorizou um novo processo de venda para os imóveis da empresa. Foram divididos em quatro lotes que incluem a fábrica 4 (BR 285), a Fábrica 5 (Av. Presidente Vargas, Bairro São Cristóvão) e mais alguns terrenos. Para os imóveis que não foram negociados no último processo, ocorreu uma redução dos percentuais de oferta. Em novembro, houve a venda da fábrica cinco, que fica no bairro São Cristóvão, e de outros imóveis de menor valor. Nesta segunda rodada de venda, a Justiça conseguiu arrecadar R$ 7 milhões.