As luzes do Teatro Municipal de Castro se acendem, nesta quarta-feira (6), em recepção a uma das maiores referências da música urbana nascida no Rio Grande do Sul. Celebrando quatro décadas de carreira artística, Nei Lisboa volta a Passo Fundo com um show acústico em que mescla novas e inéditas canções. A apresentação acontece às 20h.
Conhecido pela musicalidade eclética e rebelde, que serve de inspiração para uma geração de artistas, Nei Lisboa faz sucesso também através de outras vozes. Suas canções já foram interpretadas por músicos consagrados como Caetano Veloso, Zélia Duncan, Luiza Possi e Cida Moreira. Uma extensa trajetória, reunida em onze álbuns lançados, que recentemente foram integralmente disponibilizados em plataformas digitais como Spotify, Deezer e iTunes.
No show desta quarta-feira, que tem o apoio cultural da Prefeitura de Passo Fundo e do Witzig Restaurante, o artista promete reunir um apanhado geral de sua trajetória. No repertório, canções que marcaram diferentes épocas, como Telhados de Paris, Pra te lembrar, Verão em Calcutá, Pra viajar no cosmos, Relógios de sol, Cena Beatnik, Faxineira e No boleto e no cartão. Os ingressos estão à venda com preços promocionais, entre R$ 40 e R$ 60, em sympla.com.br/neilisboa e na loja Magia Modas (Av. Brasil Oeste, 731).
Gaúcho de Caxias
Nei Lisboa é gaúcho de Caxias do Sul e reside em Porto Alegre desde a infância, tendo vivido temporadas em outras capitais brasileiras e também nos EUA, onde concluiu o ensino médio. Mas sua ligação mais forte é mesmo com a capital gaúcha, onde mantém um público fiel, e mais especificamente o bairro Bom Fim, onde cresceu e morou por mais de vinte anos. É irmão mais jovem – entre sete – de Luiz Eurico Tejera Lisbôa, primeiro desaparecido político brasileiro cujo corpo pôde ser localizado, no final dos anos 70.
Nei tem onze discos lançados ao longo de mais de três décadas, além de dois livros: uma coletânea de crônicas e um romance, este editado no Brasil e na França. A paixão pela música popular surge na infância – aos oito anos é aluno do Liceu Musical Palestrina – e se consolida ao ingressar, em 1977, no curso (inconcluso) de Composição e Regência da UFRGS. Sua carreira artística inicia em 1979, com os espetáculos "Lado a lado" e "Deu pra ti anos 70", em parceria constante com o guitarrista Augusto Licks. O primeiro disco, "Pra viajar no cosmos não precisa gasolina", é uma produção independente de 1983.