O Dia Nacional do Teste do Pezinho, lembrado neste sábado (6), faz parte da campanha Junho Lilás, que tem por objetivo valorizar as ações de triagem neonatal. Nesta data, a Secretaria da Saúde (SES) chama a atenção da sociedade para a importância da realização do exame em recém-nascidos, mesmo durante a pandemia da Covid-19.
O teste do pezinho é utilizado para a prevenção e diagnóstico precoce de seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. “Esses agravos trazem sequelas irreversíveis e poderiam ser evitados a partir de um exame simples e gratuito, que é a coleta de uma gotinha de sangue do calcanhar do bebê”, explica a médica pediatra neonatologista Celia Maria Boff de Magalhães, da seção de Saúde da Criança e Adolescente do Departamento de Ações em Saúde/SES.
Em decorrência da pandemia e das medidas de distanciamento controlado no Rio Grande do Sul, o Serviço de Referência se reorganizou e mudou fluxos, passando a usar até ferramentas de telemedicina. “Tudo para evitar prejuízo ou desassistência aos recém-nascidos”, afirma Celia.
Diante dessa situação, a seção de saúde da criança da SES emitiu uma nota técnica que permite a realização de coletas dos testes de triagem neonatal nas próprias maternidades. “É uma situação emergencial, e todos os municípios foram extremamente receptivos a este novo fluxo”, comenta Celia.
A responsabilidade pela coleta do teste do pezinho permanece nas Unidades de Saúde de Atenção Básica. Porém, em razão da pandemia de coronavírus, sugere-se como alternativa a coleta também nas maternidades, desde que ocorra após 48 horas de vida do recém-nascido. Do contrário, as mães devem ser orientadas a procurar a unidade de saúde para a coleta.
Em 2019, a cobertura desses testes no Rio Grande do Sul foi de aproximadamente 80% dos bebês nascidos vivos, com coletas de gotas de sangue entre o terceiro e o quinto dia de vida nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios.