Aulas continuarão em formato híbrido no segundo semestre letivo

Em recesso até o dia 3 de agosto, escolas estaduais devem continuar mesclando atividades presenciais e remotas até o fim do ano

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O modelo híbrido está sendo adotado em toda a 7ª Coordenadoria Regional de Educação (Foto: Arquivo ON)O modelo híbrido está sendo adotado em toda a 7ª Coordenadoria Regional de Educação (Foto: Arquivo ON)
O modelo híbrido está sendo adotado em toda a 7ª Coordenadoria Regional de Educação (Foto: Arquivo ON)
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A retomada das aulas nas escolas estaduais em formato cem por cento presencial não deve se tornar realidade ainda neste ano. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), após o recesso escolar, que começou nessa segunda-feira (26) e segue até o dia 3 de agosto, as atividades na rede estadual continuarão em formato híbrido, mesclando aulas presenciais e remotas, por meio da plataforma Google Sala de Aula. A previsão é de que esse modelo de ensino seja adotado durante todo o segundo semestre do ano letivo, que encerra no dia 15 de dezembro.

De acordo com a coordenadora da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (7ª CRE), Carine Weber, o modelo híbrido está sendo adotado em todas as 119 escolas atendidas pela pasta, distribuídas em 32 municípios. Somente em Passo Fundo, são 38 educandários. “Após o recesso, retornaremos com os mesmos protocolos de segurança, regime híbrido e rodízio de alunos. As escolas estão seguindo as orientações da Seduc, trabalhando com o mínimo de 9 e máximo de 15 horas presenciais por semana. O restante da carga horária é remota. Isso vale para todos os níveis e modalidades de ensino. Como ainda temos a questão de professores que não podem retornar presencialmente por serem grupos de risco, cada escola é livre para se organizar, desde que respeite o mínimo e o máximo estipulado”, esclarece.


Governo estuda possibilidade de tornar o retorno presencial obrigatório

Apesar de as escolas terem reaberto as portas para a retomada escalonada ainda em maio deste ano, seguindo o cronograma autorizado pelo Governo do Estado, nas instituições estaduais localizadas na região de abrangência da 7ª CRE, a média de adesão ao ensino híbrido atinge apenas pouco mais da metade dos alunos matriculados. Isto porque, até o momento, cabe aos pais a decisão de autorizar ou não o retorno dos filhos ao ambiente presencial. Aqueles que não se sentem seguros, por ora, têm a opção de escolher continuar com o ensino totalmente remoto — mas essa pode deixar de ser uma questão de escolha muito em breve. “Há uma forte tendência de que, para o segundo semestre letivo, exista algum tipo de obrigatoriedade do retorno presencial a nível estadual. Ainda estamos aguardando as deliberações do Estado para tomar outros encaminhamentos”, adianta Carine.

Conforme um levantamento feito pela 7ª CRE, no modelo remoto, cerca de 80% dos alunos matriculados na rede estadual fazem acesso à plataforma virtual. A coordenadora do órgão observa que, mesmo com as escolas criando estratégias para buscar o engajamento de todos os alunos, na maior parte dos casos, os estudantes que se mostram ausentes no ambiente virtual são aqueles que não possuem acesso à internet ou a equipamentos como celulares e computadores. Segundo ela, embora o governo estadual ofereça o acesso gratuito de estudantes e educadores à plataforma Google Sala de Aula e a outros conteúdos exclusivamente educacionais, através do programa Internet Patrocinada, isso não é suficiente para resolver outras adversidades. “As situações são as mais diversas. Alguns alunos têm celular, mas vivem na zona rural, principalmente em municípios menores, onde o sinal de internet é precário ou até inexistente. Então, mesmo que Estado disponibilize internet gratuita, eles não conseguem acessar. Outros não possuem nem celular e, quando têm, é um celular só que precisa ser usado por toda a família”, relata.

De acordo com Carine, o Estado ainda não emitiu nenhuma deliberação sobre a possibilidade de reprovação dos alunos, mesmo no caso daqueles que não cumprirem a frequência mínima. “Nós seguimos trabalhando com o sistema de avaliação e trimestralidade, mas ainda não sabemos sobre a possibilidade ou não de reprovação. A nível de 2020, não houve retenção desses alunos”, comenta. O calendário divulgado pelo governo gaúcho prevê que as escolas atuais realizem os exames finais de avaliação entre os dias 16 e 17 de dezembro. A entrega dos resultados deve acontecer no dia 21 do mesmo mês.


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