Neste domingo (19), é celebrado o centenário do educador e filósofo Paulo Freire, declarado em 2012 o patrono da educação brasileira. Nascido em 19 de setembro de 1921 no Recife (PE), ele é reconhecido pelo método de alfabetização desenvolvido na década de 1960 e aplicado com sucesso entre cortadores de cana-de-açúcar em Angicos, no Rio Grande do Norte.
Paulo Freire criou um método de ensino no qual a educação é concebida como ferramenta essencial para a transformação da sociedade. Ele era contra o formato tradicional de educação, pela simples transferência de conhecimento. O pedagogo propôs um método em que professores e alunos dialogam e o aprendizado se faz com base nas necessidades diárias reais dos alunos.
Esse plano de ensino inspirou o Plano Nacional de Alfabetização, que chegou a ser criado por meio de um decreto assinado pelo presidente João Goulart. Porém, foi interrompido em 1964. Preso e depois exilado por 15 anos, Freire espalhou sua pedagogia crítica pelo mundo. Autor da obra Pedagogia do Oprimido, é o terceiro teórico mais citado em trabalhos na área de humanas, em nível mundial. É também detentor de mais de 40 títulos de doutor honoris causa.
Ele faleceu no dia 2 de maio de 1997, vítima de infarto no miocárdio.
Diversas atividades estão sendo promovidas no Brasil para lembrar o centenário de Paulo Freire. A Câmara dos Deputados, por meio da Comissão de Legislação Participativa, promove nesta segunda-feira (20), o seminário "100 anos de Paulo Freire, o Patrono da Educação Brasileira". O objetivo é discutir a atualidade e a profundidade da produção teórica e do exemplo de vida de Paulo Freire.
No Senado a data também será lembrada. A partir das 16 horas de amanhã (20), será comemorado em sessão especial o centenário os 100 anos do filósofo e educador.
*Com Informações de Agência Câmara e Agência Senado