TSE aprova plano de ataque desenvolvido pela equipe da IMED

Instituição é a única da região Sul do País a integrar a equipe de trabalho que vai aplicar estratégias em busca de vulnerabilidades nos equipamentos

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Foto: Divulgação/IMEDFoto: Divulgação/IMED
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 O Tribunal Superior Eleitoral selecionou a equipe da IMED para testar as estratégias de segurança desenvolvidas para investigar possíveis fragilidades dos sistemas utilizados nas urnas eletrônicas na segunda fase do programa.

O grupo, composto pelos estudantes de Ciência da Computação Adroaldo Leão Souto Júnior, Gabriel Sordi Damo e Juliano Ribeiro Poli, e pelos professores Marcos Roberto dos Santos e Vinicius Borges Fortes, vai voltar à capital federal para aplicar o que foi construído durante o Teste Público de Segurança - TPS 2021, oportunidade em que analisaram e conheceram os códigos-fonte dos equipamentos.

A equipe é a única a representar a região Sul do Brasil nessa etapa, em que vão colocar em prática a estratégia construída durante o TPS, colocando à prova as possíveis fragilidades que possam surgir na programação das urnas, que agiliza e muito, a votação e apuração dos votos no processo democrático.

Marcos Roberto dos Santos, que é Coordenador do Curso de Ciência da Computação da IMED e atua há mais de 11 anos com disciplinas com enfoque em desenvolvimento de softwares, conta como vai funcionar o trabalho nesta próxima ida a Brasília. “A gente retorna com o nosso time de investigadores para Brasília para poder testar as urnas eletrônicas em um ambiente de produção. Como assim? As urnas estarão funcionando, com todos os sistemas de uma eleição em ação - obviamente de forma fictícia. Assim, poderemos aplicar todos os testes de forma real em cima de todo o maquinário, das partes de hardware e software, e afins”, ressalta o docente.

O TPS é realizado pela Justiça Eleitoral e conta com a ajuda da sociedade para testar o sistema eletrônico de votação. O time da IMED participou da primeira fase, onde conheceram todos os processos e desenvolveram o mapa mental da aplicação.

“Na primeira etapa, onde participamos em outubro, tivemos a oportunidade de inspecionar os códigos-fonte e requisitamos alguns acessos a outras informações e a outros setores do processo eleitoral, utilizando a urna eletrônica. Então, conseguimos ter acesso ao Data Center, tivemos acesso à simulação do processo de votação, ao arquivo gerado dentro das urnas eletrônicas, para que pudéssemos desenvolver os planos de ataque”, conta Vinícius Borges Fortes, professor do Mestrado em Direito da IMED e que possui estágio pós-doutoral com pesquisa voltada aos Direitos de privacidade na internet e o sistema de proteção de dados.

O professor comenta que os dois modelos de planos de ataque submetidos pela IMED foram aprovados. Depois de passar por diversos parâmetros, vão ser organizados e executados efetivamente nessa fase da avaliação, segundo a assessoria de imprensa da instituição de ensino. Vinícius ainda destaca que a oportunidade de participar tanto da fase de inspeção dos códigos fonte quanto de aplicação dos testes é muito animadora.

“Isso mostra o interesse e a importância que a tecnologia tem do ponto de vista prático, e o quanto ela é impactante para a definição de todo um cenário no nosso país. Saber que o nosso trabalho dentro do TPS também é colaborativo, para melhorar ainda mais a segurança de um processo eleitoral gigantesco como é o nosso, é motivo de muito orgulho. Isso porque esse desafio é algo para poucos, onde nem todo mundo teve o plano aprovado, e nem todo mundo que se candidatou foi escolhido para poder fazer parte deste Teste Público de Segurança”, frisa.


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