Movimentos estudantis de Passo Fundo organizam ato contra o aumento da passagem

Na próxima quarta-feira, dia 27, um protesto será realizado a partir das 18h na Praça Teixeirinha

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1º ato contra o aumento buscou organizar a grande mobilização que acontece na quarta-feira (27). (Foto: Isabel Gewehr)1º ato contra o aumento buscou organizar a grande mobilização que acontece na quarta-feira (27). (Foto: Isabel Gewehr)
1º ato contra o aumento buscou organizar a grande mobilização que acontece na quarta-feira (27). (Foto: Isabel Gewehr)
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Na tarde de segunda-feira (25) movimentos estudantis de Passo Fundo realizaram o “1º Ato contra o aumento” pela revogação do aumento da tarifa de transporte coletivo urbano em Passo Fundo. A partir de ontem (25), o valor da passagem passou a ser de R$ 5,50, representando um aumento de quase 16%. O antigo preço das passagens era de R$ 4,75. Na próxima quarta-feira (27), mais um protesto acontece, a partir das 18h, na Praça Teixeirinha. 


Novo valor 

Na última quarta-feira (20) a Prefeitura de Passo Fundo confirmou a revisão da tarifa do transporte coletivo urbano no município com um aumento de R$ 0,75. Ele entrou em vigor na segunda-feira (25) por meio do decreto 46/2022. Segundo a Prefeitura, o novo valor seria para atender a uma solicitação das empresas prestadoras do serviço em Passo Fundo, sendo elas a Coleurb e a Codepas, diante do desequilíbrio no aumento dos insumos que compõem o cálculo tarifário, sobretudo a elevação no preço dos combustíveis.


Representação estudantil 

A Coordenadora Geral da União Passo-fundense de estudantes Albertina Rosado (UPE), Maria Fernanda Kemmerich, relata que o período entre a Assembleia de discussão dos valores, ocorrida no dia 19 de abril, e a decisão da Prefeitura, logo no dia 20 de abril, foi muito curto para uma verdadeira análise do reajuste. Além disso, o aumento de R$ 0,75 torna a passagem em Passo Fundo mais cara que a do transporte coletivo em Porto Alegre, que é de R$ 4,80. 

Maria pontua que desde o início da pandemia diferentes linhas saíram de circulação e mesmo com a volta das aulas de maneira 100% presencial, elas não retornaram. “As linhas não voltaram e a passagem vai aumentar. Para gente, enquanto estudante e representação estudantil é um absurdo viver essa realidade. Onde o transporte não é de qualidade, não passa em todos os bairros, não tem linha suficiente e ainda ser mais caro que várias capitais do país, que tem uma circulação muito maior de transportes”, esclareceu. 


Prefeitura de Passo Fundo

Conforme a Secretaria de Transportes e Serviços Gerais (STSG), o novo valor da passagem foi discutido com o Conselho Municipal de Transportes (CMT) e representa uma média ponderada entre os valores requeridos pelas empresas. Segundo a Secretaria, a Coleurb solicitou que o valor da tarifa fosse de R$ 6,80; a Codepas, de R$ 6,77 e a Auditoria-Geral do Município, de R$ 6,15. “Para tentar reduzir o impacto da tarifa na renda do cidadão, o Executivo definiu o valor de R$ 5,50, a partir da próxima segunda-feira, dia 25”, explicou o secretário, Alexandre de Mello.

O aumento da passagem é uma decisão do prefeito via decreto, desse modo, o Conselho Municipal de Transportes (CMT) se torna um órgão consultivo, que serve para dar uma consultoria ao prefeito. No entanto, ele não tem a obrigatoriedade de levar em consideração as propostas. A advogada representante do DCE, Gabriela Leal, pontua que o diretório compôs uma das cadeiras da Assembleia e propôs um valor de R$ 5,16, que não foi considerado. 

O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com um processo no Ministério Público para denunciar o novo valor da passagem. A vereadora Eva Valéria Lorenzato conta que a denúncia foi aceita e agora aguardam a tramitação do processo dentro do Ministério. “A gente espera que a Lei seja cumprida para entendermos como está sendo feito a concessão desses aumentos das passagens aqui em Passo Fundo, não apenas agora, mas o ano anterior também”, declarou a vereadora. 

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