Final de semana é marcado por quase 150 mm de chuva em Passo Fundo

Maio encerra com 374 mm e ultrapassa em 144% a média histórica para o mês

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Chuva intensa no final de semana afetou diferentes bairros da cidade. (Foto: Marcos Thiago/Planalto News)Chuva intensa no final de semana afetou diferentes bairros da cidade. (Foto: Marcos Thiago/Planalto News)
Chuva intensa no final de semana afetou diferentes bairros da cidade. (Foto: Marcos Thiago/Planalto News)
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Contrariando uma das características marcantes do outono de ser uma estação com baixos índices pluviométricos, maio encerrou com o registro de 374 mm em Passo Fundo, cerca de 220 mm a mais que a média histórica para o mês. Durante o final de semana, marcado por intensas chuvas, a Estação Meteorológica da Embrapa contabilizou 141,8 mm, com reflexos do ciclone subtropical e o fenômeno La Niña ainda sob o Estado, cenário que deve retornar na quarta (1) e quinta-feira (2) de maneira mais leve.

 

Outono marcado por intensas chuvas

Desde a última quinta-feira (26), quando o tempo carregado e chuvoso se infiltrou na rotina passo-fundense, as precipitações alcançaram 149,2 mm em apenas cinco dias. O que colaborou para que o total de chuvas de maio ultrapassasse em 144% a média histórica de 153,5 mm do mês. De março para cá, Passo Fundo contabilizou 791 mm, 388 mm a mais do esperado para os meses outonais. A estação se estende até o dia 21 de junho, com a perspectiva de mais precipitações.

Esse grande volume de chuvas é explicado parcialmente pela influência ainda presente do La Niña no Rio Grande do Sul. De acordo com o analista do laboratório de meteorologia da Embrapa Trigo, Aldemir Pasinato, é comum para o fenômeno a incidência de períodos de grande quantidade de chuva no intervalo de longas estiagens, como a vivenciada no último verão. “O fenômeno tem períodos de excesso de chuva em curto espaço de tempo, em poucos dias, como foi nesse final de semana e em contrapartida pode ter períodos mais longos secos”, explicou.

Segundo os últimos pronósticos meteorológicos, o fenômeno La Niña deve permanecer ainda durante o inverno, mesmo que de maneira mais fraca, não estando no seu pico de atuação.

Aliado a esse cenário, uma frente fria caracterizada como de lenta passagem, com origem do Paraguai e da Argentina, permaneceu no Rio Grande do Sul e carregou as nuvens nos últimos dias. “Além disso, as chuvas também foram em função do ciclone subtropical, que represou toda essa umidade”, acrescentou Aldemir, fazendo referência a tempestade que atingiu o Brasil nos dias 16 e 17 de junho e causou fortes ventanias na região.

 

Frio e mais chuvas

Uma nova frente fria deve se aproximar do Estado na quarta (1) e quinta-feira (2). No entanto, junho deve iniciar com chuvas mais calmas, com a probabilidade de cerca de 20 mm. “Na sexta-feira teremos um pouco de nebulosidade e mais um pouco de pancadas de chuvas entre sábado e domingo”, pontuou Aldemir Pasinato, esclarecendo que no domingo serão somente pancadas isoladas, de baixa intensidade.

A intensidade chega nas temperaturas, com um declínio brusco e acentuado que deve fazer as mínimas de hoje (31) se aproximarem dos 2,5ºC, não passando dos 11°C durante o dia. Já na quarta-feira (1), os termômetros ficam em torno dos 5ºC alcançando máxima de 15ºC. No decorrer da semana, devido às chuvas, as temperaturas devem variar dos 8ºC aos 18ºC.

 

Nevoeiro e umidade

Com a queda, há possibilidade de geada na sexta-feira (3), porém, pela incidência de umidade na região, é provável que o amanhecer seja somente gelado e acompanhado de um intenso nevoeiro. A primeira geada do outono passo-fundense foi registrada no último dia 20, mas ainda de forma tímida, não tendo grandes impactos no município. 

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