Jornada de bike do RS até Machu Picchu entra na reta final

Os dois amigos, que iniciaram a aventura de 3,5 mil quilômetros no final do mês passado, vivem a expectativa de chegar ao destino final na próxima semana

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Arquivo Pessoal/DivulgaçãoArquivo Pessoal/Divulgação
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A jornada dos amigos Jorge Psidonik e Carlos Samojeden está na reta final. A aventura de pedalar 3,5 mil quilômetros entre Erechim e Machu Pichu, no Peru, deve ser finalizada na próxima semana. Os dois estão cumprindo, conforme planejado, uma média superior a 100 quilômetros por dia.

À beira da estrada, Jorge compartilhou os detalhes mais recentes da jornada. "Enfrentamos chuva no início da Argentina, depois entramos em uma região muito seca e, quando chegamos aos pés da Cordilheira dos Andes, enfrentamos a seca extrema, vimos apenas o sinal dos rios que descem da cordilheira, rios grandes!", explicou.

Para a dupla, uma das maiores batalhas tem sido as subidas íngremes nas montanhas e a adaptação à altitude, trazendo impactos na respiração. No entanto, apesar das dificuldades, eles estão se ajustando gradualmente. "Outro desafio constante é o vento. Quando estávamos subindo a Cordilheira e o vento entrou em jogo, a jornada se tornou extremamente desafiadora," disse Jorge. Ele explica que neste momento foi necessária uma grande força de superação. "Nós enfrentamos os dias mais difíceis de nossas vidas. Se fosse qualquer outra coisa na vida, acredito que teríamos desistido, mas como temos a meta clara de chegar lá, seguimos em frente", destacou.

Logística

Ouro grande desafio tem sido a logística. Fisicamente eles estão se superando, e as bicicletas aguentando o trajeto, apenas com alguns pequenos problemas, especialmente no câmbio. O grande problema, segundo eles,  é chegar em cidades pequenas e com infraestruturas precárias, onde as opções de hospedagem e alimentação são limitadas.


"Algumas cidades não têm locais para hospedagem ou até mesmo para tomar café da manhã ou comprar comida pronta. Muitos lugares têm apenas ingredientes para moradores preparar a comida em casa, não há comida pronta para turistas," acrescentou Jorge.

Apesar de todos os desafios, Jorge Psidonik compartilhou que a experiência tem sido incrível e que eles estão tentando aproveitar ao máximo cada momento dessa aventura única.

Neste momento, a dupla está na Bolívia. Na terça e quarta-feira passaram pela cidade de Uyuni, conhecida por abrigar o maior e mais alto deserto de sal do mundo. Este é um destino turístico movimentado, sendo uma das muitas belas paisagem pelo caminho.

Mas a grande expectativa da semana estava agendada para quarta-feira (20), quando eles deixariam Uyuni e partiram para uma jornada de aproximadamente 160 quilômetros, que precisaria ser completada em um dia, pois não havia lugar para comer ou dormir. Com altitudes elevadas e algumas subidas, e especialmente com a possibilidade de vento forte. A dupla partiu com o objetivo de cumprir o trajeto, mas as condições climáticas não permitiram, especialmente pelo vento contrário. “Sorte que chegamos em uma localidade chamada Rio Mulato. Não sabíamos da existência, pois nem está no Google. Não tinha internet, nem chuveiro, e passamos a noite em uma cama de borracha”, disse Jorge. 

Nos próximos dias a viagem vai seguir pela Bolívia. Após passagem por La Paz, cidade maior e bem estruturada para receber os turistas, eles partirão para o Peru. “Depois que chegarmos no Peru será pertinho até Machu Picchu”, brincou Jorge.

A cada pedalada eles vencem mais alguns metros de uma jornada desafiadora, que vai somar 3,5 mil quilômetros, em um período de 32 dias. A viagem iniciou em 28 de agosto. A  expectativa é atingir a cidade sagrada de Machu Picchu no próximo sábado (30). Neste momento faltam menos de mil quilômetros para eles completarem a jornada. 


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