Segundo ON
"Uma coisa é certa: sem as duas décadas de governo militar, de 1964 a 1985, um Brasil completamente diferente teria se desenvolvido." É assim que Mariana Iwakura, da revista Superinteressante, inicia seu devaneio. Segundo ela, há quem diga que as tais mudanças seriam para pior. "Os revolucionários salvaram o Brasil de se tornar uma grande Cuba, amargando o destino ruim dos países-satélites da antiga União Soviética", afirma o coronel Manuel Cambeses Júnior, da Escola Superior de Guerra. Mas mesmo quem não apoiou o golpe reconhece que, em 1964, o Brasil vivia um momento político tenso e que a esquerda também preparava uma tomada do poder. "Havia dois golpes em marcha. O de Jango obrigaria o Congresso a aprovar um pacote de reformas e mudanças na sucessão presidencial", escreveu o jornalista Elio Gaspari no livro A ditadura envergonhada. Mas há uma corrente de historiadores que acredita que o país estaria bem mais avançado hoje se o governo de João Goulart não fosse interrompido. As reformas a que Elio Gaspari se refere são as chamadas reformas de base - como a agrária e a educacional. "Se colocadas em prática, elas poderiam ter alavancado o desenvolvimento do país", diz o historiador Joel Rufino dos Santos, da UFRJ. Confira alguns pontos que, em hipótese, poderiam estar bem diferentes hoje, não fossem os eventos que iniciaram em 31 de março de 1964 e até hoje ainda assombram o país.
A matéria completa na edição de ON desta quinta-feira (01)
E se... o golpe não tivesse acontecido?
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